Nossa colega Sol, do grupo do Life, enviou-nos esta mensagem, que aparentemente foi concebida para retratar os fatos ocorridos no Japão, há algum tempo atrás, quando houve o terremoto, seguido do tsunami.
Independente disto, o texto traz mensagens importantes:
Tristes tempos os nossos, em que o individualismo exacerbado impera como regra amplamente difundida e aceita.
Vidas reduzidas a minúsculas caixas, pequeninas zonas de conforto.
Projetos existenciais reduzidos aos interesses próprios e aos da família imediata.
A superficialidade das conversas que ocupam as relações sociais e o nosso dia-a-dia comprova a miopia existencial que impera.
“O meu carro ‘zero’! O plano de saúde ‘top’ da minha família”.
“O meu salário e a minha renda. O apartamento maior para onde em breve pretendo me mudar.”
“O roteiro de férias da minha família! Quer ver as fotos dos meus filhos, em Orlando, com Mickey e Pateta?”
“O meu laptop de última geração! Não que o outro, que havia comprado há pouco, fosse ruim, mas lançaram este e tenho que ostentar.”
“O meu tempo livre: Big Brother, Faustão, passeio no shopping, futebol e novela...”
E vem a onda gigantesca sacudir as nossas rasas convicções, e remeter os olhos dos que queiram enxergar, para as coisas que realmente importam.
Diante das forças imponderáveis da existência, até mesmo o monte Fuji vê sua opulência perdida.
Era para ser mais um dia de rotina e afazeres, como outro qualquer, não fosse a grande onda.
Um breve instante, e tantos planos, projetos e existências arrasados.
Viver é dançar na corda oscilante do inesperado.
Não convém depositar a nossa confiança nos bens materiais, nos dias e nas horas.
Os bens materiais não resistem às tempestades e intempéries da vida. Não convém depositar neles a nossa confiança.
“Impermanência” é o outro nome para a vida terrena.
A vida é como uma rosa que nos inebria com o seu perfume e nos dilacera com os seus espinhos.
Sabedoria é empreender a travessia pelo árido deserto da existência, rumo ao oásis verdejante da essência.
E de frente para o mar, absortos em pensamentos, ponderamos: “A vida é breve demais para que a façamos pequena.”
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