sexta-feira, 28 de novembro de 2008

GRÉCIA : SANTORINI (Set/2008)


Ainda no porto de Mykonos, estava um sol de rachar com aquele vento gelado de sempre.

O catamarã FASTCAT 4 que iria me levar até Santorini estava atrasado. Para ajudar, no caminho para Santorini ainda iriamos parar nas ilhas de Paros e Ios.

Quase uma hora atrasada, a embarcação chegou. Parecia que todo mundo que estava em Mykonos iria sair de lá naquele instante. O porto estava entupido de gente. Tinha tanta gente para entrar no catamarã, que as bagagens tiveram que ir no lado externo do barco. Eu esperava poder ir do lado de fora (por causa de enjôo), mas descobri que não existe área externa no barco, a não ser para as bagagens.

O catamarã faz jus ao seu nome, ele é realmente rápido. Impulsionado por duas turbinas enormes, ele voa como um foguete sobre as águas.

Rapidamente chegamos à ilha de Paros, depois à ilha de Ios e finalmente Santorini. Ao sair do barco, os enormes penhascos à volta, com seus 300 metros de altura, chamam muito a atenção. Depois fiquei sabendo que ali é o lugar que eles chamam de "Caldera" do vulcão.

Baseado em escavações arqueológicas, acredita-se que a ilha de Santorini já tinha habitantes na época do período neolítico. Originalmente ela recebeu o nome de KALLISTI (significa a ilha mais bonita) e também STROGYLI (significa a ilha redonda). Ela foi habitada por várias civilizações. Por volta de 1500 A.C. uma erupção vulcânica provocou a submersão da parte central da ilha, criando um enorme buraco de 12 quilômetros de comprimento por 7 quilômetros de largura e criando também as ilhas Thirassia, Nea Kameni, Palea Kameni e Aspronisi. Este buraco é chamado de "CALDERA". Em 1956, uma outra erupção causou um grande estrago em Santorini, mas as vilas foram reconstruídas. Embora não exista nenhuma evidência científica, algumas pessoas acreditam que Santorini era Atlântida.

Voltando ao assunto, facilmente localizei a receptiva que iria cuidar de meu transporte e quem diria: uma brasileira! Ela nos colocou no micro-ônibus e levou cada um para seu hotel. No caminho ela nos informou os detalhes de nosso retorno para Atenas, dali a dois dias. Por curiosidade (e por sorte), perguntei quanto tempo levaria de Santorini até Atenas, viajando no "ferry-boat". Meio sem graça, a receptiva me respondeu: 9 a 10 horas (essa não!). Imediatamente pedi para ela providenciar uma passagem de avião para mim (a viagem de avião demora cerca de 50 minutos).

Uma vez resolvido este detalhe, aproveitei para observar a paisagem. Eu ficaria na praia chamada KAMARI, que é considerada um resort lá em Santorini. A praia de Kamari está localizada em uma vila chamada EPISKOPI GONIA, nome originado da igreja PANAGHIA EPISKOPI, construída por volta do ano 1100.

Realmente, Kamari é um lugar muito legal. Tem um "calçadão" extenso na orla da praia, com dezenas de restaurantes, lojas e bares. A praia, de areia preta e pedras vulcânicas, é bem diferente (pelo menos para mim). Muito limpa, muito organizada, com cadeiras do tipo "espreguiçadeira" e guarda-sóis por toda sua extensão (para sentar na cadeira você paga 6 euros), a praia é convidativa, mas infelizmente não é possível andar descalço nela. As pedras vulcânicas cortam todo o pé (adivinhe como descobri isto).

Deixei minhas coisas no hotel e já fui andar a pé pela região para conhecê-la. Pelo "calçadão" observei o que me pareceu ser um costume local: funcionários dos restaurantes ficam pelo meio do caminho, chamando todas as pessoas que passam para conhecer seus pratos. Alguns, mais atrevidos, chegam a pegar você pelo braço e levar para dentro do restaurante. Como já estava na hora de jantar, aproveitei o "embalo". Andei mais um pouco por lá e retornei ao hotel para dormir.

No dia seguinte, levantei cedo e esperei pelo micro-ônibus que iria me levar para fazer o "city-tour". Depois de pegar os outros turistas, fomos direto para a vila de Oia. As fotos mais bonitas de Santorini são tiradas de lá. Visitamos muitos lugares, passamos pelos locais onde são tiradas as fotos para os cartões postais de Santorini, conhecemos as ruínas de um antigo castelo Veneziano e andamos por muitas vielas. Retornamos ao ônibus e passamos pela orla das praias, indo em seguida para a montanha do profeta Elias, onde existe também um magnífico mosteiro. Algumas pessoas dizem que o profeta Elias esteve neste local, mas não existem provas disto. Finalizando o passeio, passamos por outros lugares e pela cooperativa de vinícolas de Santorini, onde você pode pagar um pequeno valor e degustar algumas taças dos tipos de vinhos produzidos lá, juntamente com uma tábua de queijos. Fiquei com muita vontade de tomar os vinhos, mas me lembrei que não tomava mais bebidas alcoólicas então, fiquei só na vontade mesmo.

No caminho de volta para o hotel, pedi que me deixassem em Thira, a vila que é a "capital" de Santorini para eu pegar a passagem de avião para Atenas. Aproveitei e fiz umas compras por ali. Voltei para o hotel, almocei e passei o resto do dia na região mesmo. Além disso, começou a chover no período da tarde e mesmo de guarda-chuva, não deu para ir muito longe. À noite já havia parado de chover e pude passear pelo "calçadão", conhecendo mais lugares diferentes. Jantei e voltei para o hotel para dormir. Todos estes dias de viagem, mais a "correria" dos passeios o dia inteiro, tinham me deixado um pouco cansado.

Em meu último dia de permanência em Santorini, optei por conhecer a vila de Thira. Peguei um ônibus logo cedo e fui para lá. Acho que andei durante umas 6 ou 7 horas seguidas, conhecendo todos os cantos de Thira. Fiz várias compras, tirei inúmeras fotos, conheci comerciantes locais muito agradáveis e por fim, retornei ao hotel. Almocei e depois fui andar na praia. No fim da tarde, deitei um pouco para descansar, pois dali para frente, começaria minha jornada de volta para o Brasil.

Embora não tivesse conseguido dormir, levantei e notei que já havia anoitecido. Tomei um banho e saí para jantar. Ao retornar para o quarto, coloquei as coisas na mala, fechei a conta no hotel e fui para a "van" do receptivo que já estava esperando para me levar ao aeroporto.

O avião atrasou bastante, saindo de Santorini por volta de 23h00 e chegando a Atenas um pouco antes de meia-noite. Cheguei ao hotel no centro de Atenas à 01h00 da manhã. Como teria que retornar para o aeroporto às 03h00 da manhã, apenas tomei um banho e deitei um pouco para descansar. No aeroporto o embarque foi tranqüilo. Estava amanhecendo quando o avião levantou vôo em direção à Espanha. Mal tinha saído da Grécia e já estava com saudade de lá, lembrando os ótimos momentos que havia passado.

Chegando a Espanha, fui para o outro terminal onde pegaria o avião para o Brasil. Fiz minhas últimas compras por lá e já embarquei. Completamente exausto, nem vi as quase 11 horas de viagem passarem. Assisti exatamente aos mesmos "trocentos" filmes que já havia assistido na viagem de ida e no fim da tarde do dia 30 de Setembro de 2008, meu avião pousava em Guarulhos/SP. A bagagem não demorou muito para ser retirada do avião. Graças a Deus, mais uma vez passei pela alfândega brasileira sem ser notado e tomei um taxi para São José dos Campos/SP. Chegando em casa, tomei um banho, jantei e fui dormir, já que estava há mais de 43 horas acordado.

Minha impressão: Santorini é uma ilha muito legal também, com muitas praias bonitas, contudo, suas características são um pouco diferentes das de Mykonos. A cor da água e da areia varia em função do solo vulcânico. Os restaurantes oferecem comidas deliciosas e a "balada" noturna não perde muito para Mykonos. Embora seja intensa também, a vida em Santorini me pareceu ser um pouco mais pacata do que em Mykonos.

A viagem à Grécia terminava aqui, mas minhas férias não. Ainda tinha mais 12 dias de férias pela frente.

Dentro de dois dias estaria indo para Santa Cruz do Sul/RS.

OKTOBERFEST, aí vou eu!

Você poderá ver o vídeo de Santorini neste link:

https://youtu.be/EAhy2Tu-UH4
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

GRÉCIA : MYKONOS (Set/2008)


Devidamente acomodado no "ferry-boat" ITHAKI, minha expectativa para chegar a Mykons era grande. As 08:39 o "ferry-boat" partiu. Fui informado que antes de chegar a Mykonos iríamos fazer uma parada na ilha de Syros e outra parada na ilha de Tinos. Ao todo, a viagem iria durar 5 horas. Eu que já estava tomando remédio para evitar enjôo desde o dia anterior, estava um pouco preocupado com a duração da viagem. De qualquer forma, já estava ali mesmo, então, não tinha escolha.

Decorridas exatas 4 horas da viagem, cheguei à ilha de Syros. Aparentemente, a ilha não tinha nada de espetacular, exceto a típica arquitetura grega da região (contudo, algum dia quero ir lá conhecer os detalhes do lugar de perto). O barco ficou parado tempo suficiente para alguns passageiros descerem e outros subirem.

Seguindo viagem, o barco parou minutos depois na ilha de Tinos. A ilha me pareceu ainda menos interessante que a ilha de Syros (também quero ir lá para conhecer os detalhes do local). Mais alguns minutos parados e seguíamos em direção a Mykonos.

Segundo me disseram, o nome Mykonos originou-se do nome do filho do rei da ilha de Delos. Na mitologia grega, Mykonos está ligada à lenda de Hercules e sua luta com os gigantes. Após matar os gigantes, ele arremessou-os para bem longe. Eles caíram em uma ilha onde se petrificaram e formaram grandes pedras ou montanhas. Mitologia à parte, Mykonos tem uma área de aproximadamente 85 Km quadrados e cerca de 5500 habitantes.

Ao chegarmos no porto de Mykonos, havia uma grande quantidade de ônibus e "vans" esperando os passageiros. Desta vez, não vi ninguém com uma placa me esperando. Os ônibus e as "vans" iam embora e eu continuava ali procurando o receptivo de meu hotel. Alguns minutos se passaram e apareceu a “van” para me pegar (finalmente). Chegando no hotel, deixei minha bagagem no quarto e fui almoçar.

Após o almoço, fui a pé até o pequeno centro da cidade para conhecer o local.

Primeiro, visitei os moinhos de vento, símbolos de Mykonos, construídos por volta de 1720. Em seguida, dei uma passada por "little Venice" (pequena Veneza) e fui andar pelas vielas, conhecer as igrejas com seus domos e cruzes característicos, e tirar fotos do local.

As minúsculas vielas são pavimentadas de pedra e suas juntas, pintadas de branco. As casas, uma praticamente grudada na outra, seguindo a arquitetura típica do local, têm suas paredes pintadas de branco enquanto as portas e janelas são pintadas de azul. Vez por outra via alguma residência com portas e janelas pintadas de outra cor, que não a cor azul, mas é algo muito raro por lá.

Para quem gosta de visitar igrejas, Mykonos tem centenas, católicas e ortodoxas. Em tudo quanto é canto que você anda, tem uma igreja, grande ou pequena. Entrei em uma pequena igreja católica para rezar um pouco e acender uma vela. Ao sair, continuei meu passeio pelas vielas, fazendo compras, visitando as lojas, etc.

De repente, vi uma aglomeração de pessoas em volta da porta de uma casa. Era um grupo de turistas tirando fotos de Petros, o pelicano que é mascote de Mykonos. Ao me aproximar, vi uma turista tentando pegar o pelicano no colo, que por sua vez não gostou nem um pouco, e acabou bicando a perna da mesma. O pelicano era enorme, mesmo que ele permitisse, a mulher não conseguiria pega-lo. Embora o pelicano estivesse "estressado", me aproximei e pude tirar uma foto ao lado dele. Ele apenas virou a cabeça para trás e ficou me olhando.

De volta ao meu passeio, procurei um lugar para alugar um quadriciclo. Embora existissem ônibus para todas as praias, este era o meio mais adequado de conhecer as praias da ilha. Retornei ao hotel para descansar um pouco. À noite, voltei ao centro da cidade para jantar. A cidade estava completamente tomada por milhares de turistas que desceram de transatlânticos que aportaram no fim da tarde.

No dia seguinte, levantei cedo, tomei meu café da manhã e fui alugar o quadriciclo que havia visto no dia anterior. Ele era simples, mas muito legal de dirigir.

Visitei a baía de Korfos, a praia Agios Ioannis e a praia Psarou. Nesta última, algumas mulheres faziam "topless" (hummm !). Fiquei mais algum tempo por lá tirando algumas fotos e apreciando a "paisagem" e depois fui para a praia Platis Gialos. Como não havia nada de muito interessante por lá, resolvi voltar para o hotel (já estava na hora de almoçar).

Depois do almoço, visitei as praias Agios Stefanos (mais "topless" por lá), Houlakia e Ftelia. Nesta última, havia um terreno com umas ruínas de uma habitação do período neolítico. O local estava isolado por uma fita plástica, e mais nada. Qualquer um podia entrar livremente. Estranhei a falta de cuidado com algo que no meu entender é importante e deveria ser preservado.

Em seguida visitei o monastério ortodoxo Panagia Tourliani, fundado em 1542. O interior da igreja é magnífico.

Por fim, me dirigi à praia Agrari. Para mim, a melhor praia que visitei em Mykonos, não só porque algumas mulheres bonitas andavam completamente nuas (huummmmmmmm !!!!), mas também porque a paisagem, como um todo, era muito bonita. Dei uma olhada na praia Elia que ficava ao lado, mas preferi voltar para a praia Agrari. Passei o resto da tarde lá. Embora as mulheres nuas ficassem um pouco tímidas quando eu pegava a máquina fotográfica, tirei ótimas fotos do local (sem usar o zoom), sempre respeitando a privacidade das pessoas (acidentalmente aparecia alguma coisa em uma foto ou outra - acidentalmente).

Já estava anoitecendo quando devolvi o quadriciclo à locadora, depois de ter rodado mais ou menos 300 quilômetros em um único dia.

Voltei para o hotel, tomei um banho e saí novamente para ir ao centro da cidade jantar. Jantei em um restaurante muito legal, conheci um casal de canadenses super simpático. Na hora da saída, o dono do restaurante mandou o garçon graciosamente me dar um copo de uma bebida que se não me engano se chama Metaxa (pelo menos 40% de álcool). O problema é que hoje não coloco nem uma gota de álcool na boca e a última vez que tomei um copo de algo alcoólico foi em 1997, ou seja, 11 anos atrás. Já haviam me avisado que recusar seria uma enorme ofensa para os gregos. Não tive outra escolha senão mandar rapidamente a Metaxa para dentro. Agradeci e fui embora. Sem brincadeira, demorei 40 minutos para achar o caminho para o hotel entre as vielas. Não sei quanto tempo levei para chegar até lá.

Acordei no dia seguinte, tomei o café da manhã e fui para o centro da cidade tirar mais fotos, visitar algumas lojas, fazer mais algumas compras e aproveitar as últimas horas de permanência em Mykonos. Retornei ao hotel, tomei um banho, juntei as coisas na mala, almocei, fechei a conta no hotel e tomei a van para me levar até o porto, onde eu pegaria um catamarã rápido que me levaria até a ilha de Santorini.

Minha impressão: Mykonos é uma ilha muito legal, com praias e diversão para todo o tipo de idade. Embora não tenha visitado todas as praias, elas são de um modo geral muito bonitas, com aquela água azul clara, parecendo uma piscina, mas muito gelada também; tanto que a areia fica lotada de gente, mas na água, não tem quase ninguém. Brincadeiras à parte, notei que o uso de roupas nas praias é opcional, ou seja, se você quiser bronzear todo o corpo, basta tirar toda a roupa e ficar à vontade, ninguém irá notar. A vida noturna é intensa e locais para você curtir a balada não faltam. A comida é muito boa, mas é cara. Aliás, qualquer coisa na ilha custa muito caro.

Você poderá ver o vídeo de Mykonos neste link:

https://youtu.be/FS7wBDEspZo

Próxima parada: ILHA DE SANTORINI !
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

terça-feira, 25 de novembro de 2008

GRÉCIA : ATENAS (Set/2008)


Desde criança, sempre tive vontade de conhecer locais históricos e sua história. Um deles é a Grécia.
Em Agosto/2008 eu já sabia que tiraria férias do serviço no mês seguinte, só não sabia para onde ir nem o que fazer.

Então um dia me perguntei: que tal ir para a Grécia? Eu pensei: o quê? ficou doido? E apenas fiz a famosa "pergunta mágica": o que me impede?

Assim, dia 22/09/2008, em plena segunda-feira, 16:14 da tarde estava eu dentro de um avião, decolando rumo a Espanha e de lá, pegaria outro avião para a Grécia. Com exceção de uma grande coincidência que ocorreu na hora da decolagem (nem te conto... hahahaha), as 10 horas de duração do vôo transcorreram sem problemas. Assisti "trocentos" filmes durante a viagem.

O avião pousou em Madrid por volta das 08:00 da manhã (horário local) e ainda estava escuro como se fosse noite. A fila para passar nos guichês da imigração estava enorme. Brasileiros recebiam uma "atenção especial", demorando um pouco mais. O aeroporto de Barajas, como é chamado o aeroporto de Madrid, é tão "pequeno", que para ir de um terminal para outro você pega um metrô dentro do próprio aeroporto.

Chegando ao outro terminal, fui dar uma volta para ver onde eu tinha que pegar o avião para a Grécia. Embora não tivesse encontrado o local, fui tomar um lanche e comprar umas lembranças. Eu tinha que ficar atento ao horário de embarque pois neste aeroporto, ao contrário dos outros que conheço, os vôos não são anunciados, portanto, se vacilar, você perde o vôo.

Finalmente encontrei o portão de embarque. Na fila para entrar no avião, um grupo de idosos gregos, provavelmente retornando de férias (era a última semana da temporada de verão na Europa). Mais 3 horas de vôo e finalmente cheguei a Atenas. Assim que o avião tocou o solo, pousando normalmente, o grupo de idosos gritou e aplaudiu muito, o que me fez pensar: como deve ser um pouso em que eles não aplaudem? (É irônico, mas eu tenho pavor de voar).

Assim que peguei minha bagagem na esteira, procurei o guichê de imigração e o local de saída, mas as placas não ajudavam muito, pois aquelas letras esquisitas escritas nelas pareciam grego para mim (e era!). Encontrei um cara que parecia trabalhar na imigração e perguntei a ele onde ficava o guichê da imigração. Sem fazer qualquer verificação na minha documentação, "gentilmente" apontou uma porta e disse, a saída do aeroporto é por ali!

Logo na porta de saída, um cara com uma placa com meu nome (que alívio!). Ele chamou um outro cara que eu cumprimentei em inglês e ele me respondeu em português! (Oba, alguém fala português por aqui). Depois de me dar os "vouchers" dos hotéis e os tickets dos "ferry-boats" me encaminhou até o taxi.

No caminho até o hotel comecei a apreciar a paisagem, tentando sem sucesso, localizar algum monumento histórico ao longe. De repente percebi alguma coisa estranha. Tinha algo diferente na paisagem. As coisas estavam passando muito rápido. Por curiosidade, olhei para o velocímetro do carro e vi que o motorista estava trafegando a 160 Km/h na via expressa. Apesar do motorista ter visto eu colocar o meu cinto de segurança na mesma hora, ele preferiu ficar sem o dele.

Cheguei no hotel super cansado, mas ainda tinha algumas coisas para fazer: ligar para casa avisando que cheguei, ligar para o serviço para saber como estavam as coisas e achar um lugar para jantar. Na Grécia já eram 19:00 horas (no Brasil ainda eram 13:00 horas). Encontrei uma cafeteria e apesar da garçonete não falar inglês, consegui pedir dois pedaços de pizza e um suco de laranja que ela entendeu como sendo uma latinha de Fanta, mas tudo bem. Quando meu pedido chegou, percebi que cada pedaço de pizza equivalia a 1/4 de uma pizza (estou começado a gostar deste lugar), ao contrário do 1/8 de pizza que estou acostumado por aqui no Brasil. A Fanta, quando coloquei no copo, mais parecia urina do que refrigerante (o gosto é esquisito mas dá para beber).

Devidamente "empanturrado" com dois pedaços de pizza mais a Fanta, retornei ao hotel e tomei um banho. Fui colocar a bateria da câmera fotográfica para recarregar e a grande descoberta: esqueci o carregador no Brasil (tirei da mala na última hora para guardar outra coisa e esqueci de colocar de volta). Como "o que não tem remédio, remediado está", fui dormir, pois já estava há mais de 30 horas acordado.

O relógio despertou às 06:00 da manhã (meia-noite no Brasil). Parecia que eu tinha levado uma surra. Eu ainda tinha que me acostumar com a diferença do fuso horário. De qualquer forma me animei, afinal, hoje eu iria conhecer os monumentos e locais históricos de Atenas. Tomei banho e fui para o saguão do hotel tomar o café da manhã. Para minha surpresa, um grupo de brasileiros do Rio Grande do Sul estava por lá.

Tomei meu café e fui para o ponto de encontro onde o ônibus iria passar para me pegar para fazer o "city tour" junto com outras pessoas. A guia falava espanhol e nos levou até um lugar onde trocamos de ônibus (e de guia). A nova guia também falava espanhol misturado com algumas palavras de português.

Chegamos a Acrópolis por volta da 08:40 e fomos avisados que às 10:40 tínhamos que ir embora. Pensei: duas horas dá para ver tudo. Logo na entrada a guia já foi explicando que o governo grego exige que os guias turísticos contem TODA a história da Grécia antiga para os seus turistas antes de visitarem os monumentos. Uma hora depois, eu ainda estava ouvindo a história da deusa Atena, Zeus e sei lá mais quem. Olhar os monumentos que é bom, nada. Para ajudar, começou a chover fraco. Embora eu não seja mais criança, decidi "fugir" da minha guia turística, pois queria fotografar um monte de coisas por lá. A chuva parou e longe da minha guia, pude visitar os monumentos e tirar fotos de tudo. Distante, via minha guia agitando sua sombrinha e "esgüelando", tentando reunir o pessoal que a esta altura, já não agüentava mais aquela conversa e tinha cada um se "mandado" para um lado.

Conforme solicitado, 10:40 eu estava ao lado do nosso ônibus, na saída da Acrópolis (a guia é que se atrasou - hahahaha). Naquela hora pude entender porque só ficamos 2 horas lá: o local fica completamente tomado de turistas. Para se conseguir tirar uma foto sem ter muita gente na frente, você tem que esperar vários minutos. Sem brincadeira, o lugar parece estádio de futebol em dia de "clássico".

De lá, fomos para o templo de Zeus (ou o que sobrou dele), onde fica também o arco de Adriano, depois para o primeiro estádio olímpico de Atenas, para o Parlamento e mais um monte de outros lugares. Tive muita sorte, pois a bateria da câmera permitiu que eu tirasse todas as fotos que eu quis tirar e ainda estava pronta se quisesse tirar mais.

Retornei para o hotel, larguei a máquina fotográfica lá e saí para almoçar. Comi uma salada típica grega, com um queijo grego chamado FETA (que é horrível) e saí para fazer o que mais gosto quando estou em locais desconhecidos: ANDAR A PÉ para conhecer lugares, ter contato com as pessoas, a cultura local, etc. Tinha que resolver também o problema da bateria da minha máquina fotográfica. Antes de sair do Brasil eu já havia identificado uma loja da FNAC em Atenas, dentro de um shopping center chamado "The Mall", mas não sabia ao certo onde ficava. Tinha recebido uma orientação incompleta, mas resolvi segui-la.

Peguei o metrô em direção a um lugar chamado KIFISSIA, mas tinha que descer em uma estação chamada MAROUSSI, que ficava logo após uma estação chamada NERATZIOTISSA (esses nomes gregos são tão fáceis).

Para andar de metrô em Atenas você compra o ticket, valida o ticket em uma máquina e entra no trem. Esta passagem, vale por uma hora para você ir e voltar para onde quiser, quantas vezes quiser. Depois de uma hora, tem que comprar outra passagem, contudo não existe ninguém para fiscalizar. Se você for pego com a passagem inválida paga uma multa de mais de 60 vezes o valor da mesma.
Dentro do trem do metrô, durante quase uma hora, passei por "trocentas" estações até chegar ao meu destino. Lá na FNAC, não me restou outra opção senão comprar uma máquina fotográfica nova (imagina se eu não estava querendo uma máquina nova). Que bom que na Grécia, o preço de produtos eletrônicos é relativamente baixo.

Voltei para o centro da cidade e andei mais um pouco por lá, comprando algumas coisas. Como já estava anoitecendo e meu estômago dizia que estava na hora de jantar, entrei num "pé sujo" para experimentar um negócio chamado PASTITSIO, que é um tipo de lasanha a bolognesa feita com um macarrão do tipo espaguetti bem grosso. Pedi um suco de laranja e de novo veio a Fanta. Comi e saí para andar mais. Durante meu passeio vi em vários lugares o GIROS PITA que é aquele "churrasquinho grego" conhecido aqui no Brasil (carne enrolada em um espeto vertical que fica girando - muito encontrado pelas praças de São Paulo) mas a higiene me pareceu um pouco precária (na minha percepção) - é melhor eu não comer. Achei um lugar que tinha uns espetinhos comuns e comi alguns com batata frita e outro suco de laranja, quer dizer, Fanta.

Retornei ao hotel bastante cansado, tomei banho, coloquei a bateria de minha nova máquina fotográfica para carregar (agora sim!) e fui dormir.

O telefone tocou as 04:00 da manhã (22:00 no Brasil). Hora de acordar (meu corpo não estava entendendo muito bem este novo fuso horário). Tomei um banho, juntei as coisas na mala e fui para o saguão do hotel. Fechei a conta e o motorista de taxi já estava me esperando para me levar para o porto de Piraeus. No caminho o motorista, mais responsável que o outro que me trouxe do aeroporto, trafegava no máximo a 140 Km/h pelas vias expressas. Ele me avisou que uma tal de "Dona Maria" estaria me esperando no porto e ao chegar lá, ela me embarcou em um "ferry-boat" rumo a ilha de Mykonos. A medida que o barco ia se afastando do porto, pude ver o nascer do sol, uma das mais belas paisagens que já vi em minha vida (é claro que eu fotografei).

Como a viagem iria durar 5 horas, me acomodei do lado de fora do barco embora estivesse relativamente frio, pois se precisasse vomitar (normalmente eu passo mal em barco), ficaria mais fácil - era só colocar a cabeça para fora do guarda-corpo (e sai de baixo - hahahaha - brincadeirinha).

Minha impressão: Atenas é uma cidade muito parecida com São Paulo. Segundo uma guia turística local, mais de 50% da população de toda a Grécia vive em Atenas (pude perceber isto por causa do trânsito - é simplesmente caótico). Existem muitos lugares históricos legais para serem visitados e também museus. Quanto a comida, foi a primeira e a última vez que comi comida típica grega durante a viagem. Dali para a frente, só comida comum, como temos aqui no Brasil. Os atenienses andam muito de moto. A legislação de trânsito exige, mas quase ninguém usa capacete (e nem cinto de segurança nos carros). De um modo geral, senti que na Grécia venta muito. O vento, além de ser constante, é um pouco gelado. Embora fosse verão, eu utilizei um agasalho quase o tempo inteiro que estive lá (só retirava o agasalho na hora de tirar fotografia e algumas vezes estava tão frio que não teve jeito, saí nas fotos de bermuda e agasalho de manga comprida).

Próxima parada: ILHA DE MYKONOS!

Segue o link para um vídeo de Atenas:

https://youtu.be/V7dOkcCpPLk

Para conhecer detalhes de viagens que fiz a outros países, seguem os links. Outras cidades do mesmo país, estão nas postagens seguintes.

CHILE - SANTIAGO http://tudoqueseiequenadasei.blogspot.com/2009/05/chile-santiago-abril-e-maio2009.html

FRANÇA - TOULOUSE http://tudoqueseiequenadasei.blogspot.com/2009/06/toulouse-franca-maio-e-junho2009.html

ITÁLIA - ROMA http://tudoqueseiequenadasei.blogspot.com/2013/07/italia-roma-junho2013.html

( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

domingo, 23 de novembro de 2008

ANDANDO NA BRASA (LITERALMENTE)




Dando seqüência aos meus treinamentos de liderança pessoal e PNL, segui de Fevereiro a Julho de 2008 realizando-os, um atrás do outro: OPEN HYPNOS, OPEN ACTION, OPEN PRACTITIONER e OPEN MASTER PRACTITIONER.

Sinceramente, comecei a fazer estes treinamentos com o único objetivo de cuidar de mim. Pelo caminho, notei como é possível ajudar muito as pessoas que estão à minha volta, utilizando estes recursos. Ganhei uma capacidade de percepção muito legal. Tornei-me uma pessoa mais humana e compreensiva do que eu era antes.

A cada etapa, um novo aprendizado completamente diferente, coisas que nunca havia visto em minha vida e o mais importante, experiências inacreditáveis. Destaque especial para o OPEN ACTION. Dentre as atividades do treinamento estavam:
  • Andar descalço em uma carreira de 13 metros de brasas sem queimar os pés (pessoas que fazem isto são chamadas de firewalkers)
  • Quebrar com a mão uma tábua com 22 mm de espessura
  • Outras atividades muito interessantes
Embora sejam coisas que muitos afirmem ser fácil de se fazer, para mim, o efeito psicológico deixado por cada uma destas atividades foi magnífico. Minha motivação, meu potencial de realização aumentou muito.

Antes de fazer o OPEN HYPNOS sempre me pergutava: tornar-me hipnólogo ? eu ? (hahahahaha). Achava a coisa mais ridícula do mundo. Mesmo não acreditando muito nisto, fiz este curso para ver se eu resolvia meu problema de insônia, que já durava 12 anos. Com certeza, meu problema de insônia se resolveu definitivamente 3 dias depois que terminei o curso, usando métodos de programação do inconsciente (hoje meu problema é ao contrário, se deixar eu durmo o dia inteiro, e não quero acabar com isso - hahahaha). Contudo, estes mesmos métodos estão me servindo para conquistar novas habilidades e eu estou gostando muito disto. Não passo um dia sequer sem dar uma programada nas coisas na minha cabeça.

Com estes novos aprendizados percebi que toda vez que quero fazer algo, qualquer coisa, por mais maluca e inusitada que seja, eu posso por exemplo, fazer uma das "perguntas mágicas" que aprendi: O QUE ME IMPEDE ? Se não existe impedimento ético, legal ou financeiro e depender somente de mim, realizo-a de imediato. Fácil ? Se fosse, acho que o mundo seria um lugar muito melhor para se viver. Infelizmente, muitas pessoas têm dentro de si algo que elas usam contra elas mesmas para "azedarem suas próprias marmitas". Esta coisa chama-se auto-sabotagem, e se esconde sob as mais variadas e criativas "desculpas esfarrapadas".

Para fechar com chave de ouro, teve o PRACTITIONER e o MASTER PRACTITIONER. Minha nossa ! Que técnicas poderosas de mudança, de auto-conhecimento e sei lá o que mais. E vem o melhor de tudo, poder usar estas técnicas para ajudar outras pessoas está sendo incrível.

Minha vida deu uma guinada muito grande desde o início de 2008. Para onde estou indo, ainda não sei. Sei que estou gostando muito da viagem até aqui e alguma coisa me diz que a viagem a cada dia vai ficar melhor. O futuro dirá !

Boa sorte... SEMPRE !

Wilson L Negrini de Carvalho
( Texto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

sábado, 22 de novembro de 2008

OPEN LIFE : A EXPERIÊNCIA DA MINHA VIDA

O que é OPEN LIFE ? No meu entendimento é um treinamento para desenvolvimento de nossa liderança pessoal. Ele é ministrado pela empresa OPEN DREAMS.

Posso dizer que minha vida melhorou 1000% (mil por cento) depois que fiz este treinamento e vou contar aqui esta experiência, que tornou-se a experiência da minha vida. Se hoje me sinto muito bem, devo isto primeiramente à DEUS, depois à OPEN DREAMS e por que não, ao meu esforço em tentar tornar-me uma pessoa melhor.

Cada pessoa que realiza este treinamento, tem sua experiência individual. Vou contar um pouco da minha experiência. Se você fizer o curso, com toda a certeza terá uma experiência diferente da minha, pois você encontrará respostas para as suas necessidades pessoais.

Antes de realizar o treinamento, minha situação era a seguinte: fazia cerca de 12 anos que eu havia me aborrecido muito com algumas (muitas) coisas. Isto me causou um mal razoável. Tornei-me uma pessoa totalmente fechada, agressiva, extremamente rancorosa e isto me trouxe conseqüências muito ruins.

Desta maneira, cheguei na noite do dia 18 de Janeiro de 2008 (sexta-feira) ao hotel da ADPM de Guararema para fazer meu OPEN LIFE.

Durante o treinamento, a cada dinâmica de grupo que participava, recebia uma enorme liçao de vida. O que mais me surpreendeu, é que as técnicas utilizadas no curso, permitiam mudanças imediatas na minha cabeça. Vou citar um exemplo: antes de participar de uma determinada dinâmica de grupo eu mantinha a minha postura de não perdoar ninguém que já houvesse feito algum mal para mim em minha vida. Ao final da dinâmica de grupo, eu mal conseguia guardar rancor de qualquer pessoa que me tivesse feito qualquer coisa desagradável. Meu desejo era ter cada uma destas pessoas bem na minha frente e dar um abraço em cada uma delas (sendo honesto, em algumas delas ainda não conseguiria, mas estou trabalhando nisto com grandes progressos).

O que estava acontecendo ? Que poder de mudança era este ? Que técnicas poderosas eram estas que permitiram a mim mesmo, sem que ninguém me dissesse nada, chegar à conclusão de que minhas crenças estavam erradas e ainda me permitia mudar IMEDIATAMENTE o que eu sentia, minha atitude, tudo ! Eu fiquei tão fascinado por isso, que durante o treinamento, no sábado à noite, procurei o pessoal da equipe e pedi para que me inscrevessem em todos os outros treinamentos deles.

O treinamento infelizmente acabou no dia 20 de Janeiro de 2008 (domingo). Durante estes 3 dias, eu nasci novamente. Ganhei uma nova vida, simplesmente incrível. Aprendi inúmeras coisas sobre mim mesmo. Aprendi a viver cada dia de minha vida como se fosse o último. Aprendi a valorizar quem e o que precisa ser realmente valorizado. Deixei para trás muitas coisas ruins que tornavam minha vida mais pesada. Este curso devolveu à mim o controle da minha vida e o melhor de tudo, me ajudou a vencer uma de minhas maiores dificuldades, a dificuldade em perdoar as pessoas que me fizeram mal e perdoar a mim mesmo pelos erros que cometi em minha vida.

Independente de ter ficado um pouco triste pelo curso ter terminado, eu já estava inscrito para os próximos treinamentos e eu nem podia imaginar como o "bagulho iria ficar doido" dali para frente !

Hoje, admito que tenho muitas coisas para melhorar. Diariamente travo grandes batalhas dentro de mim, usando a meu favor as coisas que aprendi, combatendo meus defeitos. Alguns dias eu ganho, alguns dias eu perco, mas o placar está cada vez mais ao meu favor.

Aos amigos que fizeram o OPEN LIFE comigo e compratilharam esta experiência incrível, deixo aqui um grande abraço.

Boa sorte... SEMPRE !

Wilson L Negrini de Carvalho
( Texto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

A BRINCADEIRA VAI COMEÇAR !

Começo meu BLOG com um desafio pessoal, que é exatamente o título dele.

O que realmente sei ? Quem realmente sou ?

Uma das coisas que aprendi é que a realidade do mundo é uma só, mas cada pessoa a interpreta de sua maneira própria usando seus "filtros mentais" (aprendi isto em um curso de PNL). Desta forma, cada pessoa tem sua própria visão do mundo. Óbvio ? (hahahaha) Nem tanto. Seguindo esta linha de pensamento, percebo que os conflitos entre as pessoas ocorrem porque uma está sempre tentando impor sua própria visão de mundo para a outra. Óbvio ? (hahahaha de novo) Nem tanto. Se fosse, talvez não houvesse tanta confusão por aí.

Dentro da realidade, da maneira que percebo, sou uma pessoa bastante curiosa por natureza e gosto muito de ler e aprender qualquer coisa que seja. Eu costumava achar que conhecia muita coisa sobre muitas coisas, que era o dono da verdade, mas hoje percebo que quanto mais aprendo, mais me dou conta de que não sei nada, mais me dou conta do quanto existe para se aprender.

A única certeza que tenho hoje é de que TUDO QUE SEI, É QUE NADA SEI.

QUEM SOU EU ? QUEM É VOCÊ ?

Outra coisa que noto é o esforço que as pessoas fazem, talvez para se sentirem reconhecidas ou importantes, sempre aproveitando as oportunidades para dizer: EU SOU...

Depois do verbo, tenho escutado coisas comuns, engraçadas e absurdas também. O pior é quando o outro lado que está escutando também "se acha" e a competição começa. Ridículo ? Infantil ? Talvez, mas é real.

Quando eu pertencia à turma do "EU SOU...", para dizer a verdade, nem sei qual era minha real intenção ao agir desta forma.

Um dia percebi, que sempre que tentava me destacar eu na realidade me distanciava não só das pessoas mas também de meus objetivos, de meu propósito de vida, e o pior de tudo, de quem eu realmente sou. Para ajudar a fortalecer esta percepção, fiz um curso onde pessoas me falavam coisas positivas começando a frase com "VOCÊ É...". Apesar de ter saído bastante atordoado do curso, pude perceber que tinha sim, muitas das características positivas que me falaram, contudo, percebi também que eu nunca fui aquele monte de bobagens que eu falava.

O que me ajudou a me colocar em meu próprio lugar foi o fato de eu começar a observar os resultados que obtive em minha vida e confrontá-los com minhas crenças.

Outra coisa importante que observei é que algumas (muitas) pessoas se incomodam bastante (embora elas se esforcem demais para fingir que não) quando VOCÊ É algo que elas não são. Hoje, opto por não despertar a inveja de ninguém e prefiro escutar as pessoas dizerem o que são, o que conseguiram, do que falar qualquer coisa a meu respeito. Sou apenas eu mesmo, portanto, praticamente nada tenho a declarar além de meu nome e alguns detalhes de personalidade.

Pode soar estranho falar SOU APENAS EU MESMO (afinal se não sou eu mesmo, quem sou ? - hahahaha), mas para mim, existe uma grande diferença entre ser você mesmo e ser alguém que o tempo inteiro está usando máscaras para parecer ser alguém que nunca foi, como muitas pessoas fazem. Quem sabe algum dia você também compreenda isto, ou talvez não.

Parece incrível, mas ao ser apenas eu mesmo, estou re-descobrindo a felicidade, a vida. Sem dúvida, o auto-conhecimento que obtive através da prática das técnicas da PNL foram fundamentais para chegar neste ponto. Hoje, experimento na pele o verdadeiro significado da frase que entendo como a frase tema do curso OPEN LIFE (visite o site http://www.sejavoce.com.br/) que diz: MEU DESTINO DEPENDE DA QUALIDADE DAS MINHAS DECISÕES. Peço a Deus que sempre me guie na tomada de decisões de excelente qualidade.

O que escrevi aqui: apenas minhas percepções, meu "mapa mental" (olha a PNL aí de novo), minha verdade.

Boa sorte... SEMPRE !

Wilson L Negrini de Carvalho

Você consegue entrar em contato comigo através:

  • De meu e-mail = planetamergulho@hotmail.com
  • Do ORKUT = Wilson Luiz Negrini de Carvalho
( Texto e foto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )