quinta-feira, 27 de novembro de 2008

GRÉCIA : MYKONOS (Set/2008)


Devidamente acomodado no "ferry-boat" ITHAKI, minha expectativa para chegar a Mykons era grande. As 08:39 o "ferry-boat" partiu. Fui informado que antes de chegar a Mykonos iríamos fazer uma parada na ilha de Syros e outra parada na ilha de Tinos. Ao todo, a viagem iria durar 5 horas. Eu que já estava tomando remédio para evitar enjôo desde o dia anterior, estava um pouco preocupado com a duração da viagem. De qualquer forma, já estava ali mesmo, então, não tinha escolha.

Decorridas exatas 4 horas da viagem, cheguei à ilha de Syros. Aparentemente, a ilha não tinha nada de espetacular, exceto a típica arquitetura grega da região (contudo, algum dia quero ir lá conhecer os detalhes do lugar de perto). O barco ficou parado tempo suficiente para alguns passageiros descerem e outros subirem.

Seguindo viagem, o barco parou minutos depois na ilha de Tinos. A ilha me pareceu ainda menos interessante que a ilha de Syros (também quero ir lá para conhecer os detalhes do local). Mais alguns minutos parados e seguíamos em direção a Mykonos.

Segundo me disseram, o nome Mykonos originou-se do nome do filho do rei da ilha de Delos. Na mitologia grega, Mykonos está ligada à lenda de Hercules e sua luta com os gigantes. Após matar os gigantes, ele arremessou-os para bem longe. Eles caíram em uma ilha onde se petrificaram e formaram grandes pedras ou montanhas. Mitologia à parte, Mykonos tem uma área de aproximadamente 85 Km quadrados e cerca de 5500 habitantes.

Ao chegarmos no porto de Mykonos, havia uma grande quantidade de ônibus e "vans" esperando os passageiros. Desta vez, não vi ninguém com uma placa me esperando. Os ônibus e as "vans" iam embora e eu continuava ali procurando o receptivo de meu hotel. Alguns minutos se passaram e apareceu a “van” para me pegar (finalmente). Chegando no hotel, deixei minha bagagem no quarto e fui almoçar.

Após o almoço, fui a pé até o pequeno centro da cidade para conhecer o local.

Primeiro, visitei os moinhos de vento, símbolos de Mykonos, construídos por volta de 1720. Em seguida, dei uma passada por "little Venice" (pequena Veneza) e fui andar pelas vielas, conhecer as igrejas com seus domos e cruzes característicos, e tirar fotos do local.

As minúsculas vielas são pavimentadas de pedra e suas juntas, pintadas de branco. As casas, uma praticamente grudada na outra, seguindo a arquitetura típica do local, têm suas paredes pintadas de branco enquanto as portas e janelas são pintadas de azul. Vez por outra via alguma residência com portas e janelas pintadas de outra cor, que não a cor azul, mas é algo muito raro por lá.

Para quem gosta de visitar igrejas, Mykonos tem centenas, católicas e ortodoxas. Em tudo quanto é canto que você anda, tem uma igreja, grande ou pequena. Entrei em uma pequena igreja católica para rezar um pouco e acender uma vela. Ao sair, continuei meu passeio pelas vielas, fazendo compras, visitando as lojas, etc.

De repente, vi uma aglomeração de pessoas em volta da porta de uma casa. Era um grupo de turistas tirando fotos de Petros, o pelicano que é mascote de Mykonos. Ao me aproximar, vi uma turista tentando pegar o pelicano no colo, que por sua vez não gostou nem um pouco, e acabou bicando a perna da mesma. O pelicano era enorme, mesmo que ele permitisse, a mulher não conseguiria pega-lo. Embora o pelicano estivesse "estressado", me aproximei e pude tirar uma foto ao lado dele. Ele apenas virou a cabeça para trás e ficou me olhando.

De volta ao meu passeio, procurei um lugar para alugar um quadriciclo. Embora existissem ônibus para todas as praias, este era o meio mais adequado de conhecer as praias da ilha. Retornei ao hotel para descansar um pouco. À noite, voltei ao centro da cidade para jantar. A cidade estava completamente tomada por milhares de turistas que desceram de transatlânticos que aportaram no fim da tarde.

No dia seguinte, levantei cedo, tomei meu café da manhã e fui alugar o quadriciclo que havia visto no dia anterior. Ele era simples, mas muito legal de dirigir.

Visitei a baía de Korfos, a praia Agios Ioannis e a praia Psarou. Nesta última, algumas mulheres faziam "topless" (hummm !). Fiquei mais algum tempo por lá tirando algumas fotos e apreciando a "paisagem" e depois fui para a praia Platis Gialos. Como não havia nada de muito interessante por lá, resolvi voltar para o hotel (já estava na hora de almoçar).

Depois do almoço, visitei as praias Agios Stefanos (mais "topless" por lá), Houlakia e Ftelia. Nesta última, havia um terreno com umas ruínas de uma habitação do período neolítico. O local estava isolado por uma fita plástica, e mais nada. Qualquer um podia entrar livremente. Estranhei a falta de cuidado com algo que no meu entender é importante e deveria ser preservado.

Em seguida visitei o monastério ortodoxo Panagia Tourliani, fundado em 1542. O interior da igreja é magnífico.

Por fim, me dirigi à praia Agrari. Para mim, a melhor praia que visitei em Mykonos, não só porque algumas mulheres bonitas andavam completamente nuas (huummmmmmmm !!!!), mas também porque a paisagem, como um todo, era muito bonita. Dei uma olhada na praia Elia que ficava ao lado, mas preferi voltar para a praia Agrari. Passei o resto da tarde lá. Embora as mulheres nuas ficassem um pouco tímidas quando eu pegava a máquina fotográfica, tirei ótimas fotos do local (sem usar o zoom), sempre respeitando a privacidade das pessoas (acidentalmente aparecia alguma coisa em uma foto ou outra - acidentalmente).

Já estava anoitecendo quando devolvi o quadriciclo à locadora, depois de ter rodado mais ou menos 300 quilômetros em um único dia.

Voltei para o hotel, tomei um banho e saí novamente para ir ao centro da cidade jantar. Jantei em um restaurante muito legal, conheci um casal de canadenses super simpático. Na hora da saída, o dono do restaurante mandou o garçon graciosamente me dar um copo de uma bebida que se não me engano se chama Metaxa (pelo menos 40% de álcool). O problema é que hoje não coloco nem uma gota de álcool na boca e a última vez que tomei um copo de algo alcoólico foi em 1997, ou seja, 11 anos atrás. Já haviam me avisado que recusar seria uma enorme ofensa para os gregos. Não tive outra escolha senão mandar rapidamente a Metaxa para dentro. Agradeci e fui embora. Sem brincadeira, demorei 40 minutos para achar o caminho para o hotel entre as vielas. Não sei quanto tempo levei para chegar até lá.

Acordei no dia seguinte, tomei o café da manhã e fui para o centro da cidade tirar mais fotos, visitar algumas lojas, fazer mais algumas compras e aproveitar as últimas horas de permanência em Mykonos. Retornei ao hotel, tomei um banho, juntei as coisas na mala, almocei, fechei a conta no hotel e tomei a van para me levar até o porto, onde eu pegaria um catamarã rápido que me levaria até a ilha de Santorini.

Minha impressão: Mykonos é uma ilha muito legal, com praias e diversão para todo o tipo de idade. Embora não tenha visitado todas as praias, elas são de um modo geral muito bonitas, com aquela água azul clara, parecendo uma piscina, mas muito gelada também; tanto que a areia fica lotada de gente, mas na água, não tem quase ninguém. Brincadeiras à parte, notei que o uso de roupas nas praias é opcional, ou seja, se você quiser bronzear todo o corpo, basta tirar toda a roupa e ficar à vontade, ninguém irá notar. A vida noturna é intensa e locais para você curtir a balada não faltam. A comida é muito boa, mas é cara. Aliás, qualquer coisa na ilha custa muito caro.

Você poderá ver o vídeo de Mykonos neste link:

https://youtu.be/FS7wBDEspZo

Próxima parada: ILHA DE SANTORINI !
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )