No título deste artigo e no texto a seguir menciono a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil, onde o monitoramento constante de crianças é requerido, para garantir não só um desenvolvimento sadio, mas também a integridade física das mesmas.
Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.
Quero apenas deixar minha opinião sobre comportamentos específicos que afetam, ou seja, estão relacionados com educação infantil quando aplicados em uma creche ou escola.
Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.
O atendimento prestado a crianças por professores e educadores começou a chamar minha atenção muito tempo antes de eu me tornar um agente educador. Frequentemente sou convidado para festas escolares diversas de algumas crianças que me são muito queridas, que sempre estudaram em escolas particulares. Como uma pessoa extremamente observadora que sou, comecei a notar a postura profissional dos professores e educadores que cuidavam delas durante as festas, e confesso que ficaria bastante preocupado se meus filhos estivessem sobre os cuidados daquelas pessoas. Talvez num "prenúncio" do que eu viria a me tornar profissionalmente em um futuro próximo, por mais de uma vez tive que cuidar da segurança e integridade física de crianças que eu não deveria estar cuidando, pois não tinha qualquer contato com a maioria delas, até aquele presente momento. Havia gente sendo paga para isto, que não estava cumprindo com sua obrigação. Esta situação gerou em mim a vontade de começar a escrever sobre coisas que ocorrem dentro deste contexto, e é por isso que a partir de hoje começo a publicar meus textos sobre este tema.
O atendimento prestado a crianças por professores e educadores começou a chamar minha atenção muito tempo antes de eu me tornar um agente educador. Frequentemente sou convidado para festas escolares diversas de algumas crianças que me são muito queridas, que sempre estudaram em escolas particulares. Como uma pessoa extremamente observadora que sou, comecei a notar a postura profissional dos professores e educadores que cuidavam delas durante as festas, e confesso que ficaria bastante preocupado se meus filhos estivessem sobre os cuidados daquelas pessoas. Talvez num "prenúncio" do que eu viria a me tornar profissionalmente em um futuro próximo, por mais de uma vez tive que cuidar da segurança e integridade física de crianças que eu não deveria estar cuidando, pois não tinha qualquer contato com a maioria delas, até aquele presente momento. Havia gente sendo paga para isto, que não estava cumprindo com sua obrigação. Esta situação gerou em mim a vontade de começar a escrever sobre coisas que ocorrem dentro deste contexto, e é por isso que a partir de hoje começo a publicar meus textos sobre este tema.
Estou atuando como Agente Educador desde Outubro/2018, mas nas minhas atividades profissionais paralelas, atuo como professor de informática para adultos, jovens e adolescentes desde 1981, ou seja, a área de educação não é novidade para mim, embora trabalhar com crianças seja muito diferente.
Quando você trabalha no ensino infantil, entendo que deve-se manter o foco nas crianças o tempo inteiro. Sei perfeitamente como isto é difícil, pois diariamente chego completamente exausto em casa, sem vontade de fazer mais nada, o que não acontecia quando eu trabalhava em fábricas. Trabalhar com crianças demanda uma energia enorme.
É óbvio que manter o foco o tempo inteiro nas crianças é impossível, pois você está frequentemente tendo que levar crianças ao banheiro, pegando alguma coisa que está faltando em sala de aula ou fazendo outras coisas para atender às necessidades das crianças. Contudo, o tempo em que estiver supervisionando as atividades, deve manter a máxima atenção nas crianças, pois um único segundo de distração é suficiente para que algo muito ruim aconteça.
Alguns colegas de trabalho já me disseram que esta minha empolgação em manter o foco nas crianças é por estar começando na carreira de Agente Educador.
Não discuto com eles, mas em minha mente passam os seguintes pensamentos:
1-) Como Agente Educador tenho que garantir ao máximo a segurança das crianças. Jamais gostaria que uma criança viesse a sofrer um acidente ou passar por alguma situação moralmente degradante porque fui negligente em minhas obrigações. Além disso, existe um vínculo afetivo que é ou que deveria ser criado automaticamente com o convívio diário com as crianças. Quero que as pessoas por quem tenho afeição sejam plenamente felizes, principalmente as crianças.
2-) Como eterno aprendiz e praticante de neurociência e programação neurolinguística, sei que nossa mente inconsciente comanda, automaticamente, pelo menos 90% de nossas ações diárias. Quando um profissional baixa seus padrões de qualidade para se acomodar a alguma situação, fazendo isto continuamente, ele implanta esta nova "regra" em seu inconsciente, que passa a adotar esta conduta não só para os momentos em que a pessoa está trabalhando, mas em todos os círculos da vida da pessoa. Não é a toa que amiúde escuto pessoas falando que a vida delas não vai para frente, ou que não conseguem sair de uma determinada situação que está sempre se repetindo na vida delas. Diariamente, me esforço para manter meus padrões e meu nível de energia o mais alto possível, pois é isso que eu quero que reflita em todos os segmentos de minha vida.
3-) Para mim não existe nenhuma empolgação para atuar em uma profissão que paga um salário medíocre, onde perdi todos os benefícios que tinha e que não demanda de mim o menor esforço mental para executar meu trabalho. Se comparado com minha atuação anterior, saí de uma boa condição profissional para algo completamente ridículo. Alguém consegue me explicar por que eu estaria empolgado com isto?
4-) A princípio não tenho nenhuma intenção de seguir carreira de Agente Educador, pois quero prestar outros concursos e que minha situação de renda financeira seja ainda melhor do que a que eu tinha antes. A carreira de Agente Educador jamais me permitiria isto.
Refutada a tese de que estou empolgado com minha "nova carreira" e pensamentos a parte, tenho como regra tentar fazer o melhor possível qualquer coisa a que eu me comprometa fazer. Quando tomei posse como Agente Educador coloquei minha assinatura em um documento e naquele instante criei em mim o compromisso de fazer o melhor que posso, independente de qualquer outro fator.
Dentro deste espírito de "fazer o melhor" entendo que creche não é ponto de encontro.
Não é lugar para o profissional ficar batendo papo com outras pessoas, e deixar de prestar atenção às crianças.
Não é lugar para ficar o tempo inteiro no celular interagindo em suas redes sociais. Quando eu trabalhava como gestor de Tecnologia da Informação em fábricas, ouvia gente tentando se justificar: mas eu sou uma pessoa conectada e o mundo atual exige isso! Na hora em que ocorrer um acidente com uma criança, o que será que este profissional vai explicar para os pais, na tentativa de isentar-se da culpa?
Também não é lugar para ficar lendo revistas.
E que fique muito claro que o fato de um acidente ter acontecido com uma criança jamais implicará em ter havido negligência de um profissional. Acidentes acontecem, principalmente com crianças, simplesmente por estarem correndo, escorregando, tropeçando, trombando ou mesmo brincando. Um profissional atento consegue se antecipar ou minimizar a ocorrência de acidentes.
Se você tem seu filho(a) em uma creche ou escola de educação infantil, informe-se sobre os horários das atividades, especialmente as externas, e experimente algum dia gastar um tempinho para observar, do lado de fora, como o seu filho está sendo atendido. E faça isso frequentemente.
Se o seu/sua filho/filha sofreu um acidente, questione exaustivamente os responsáveis que estavam ou deveriam estar cuidando dele naquela hora. Converse com seu filho/filha para saber o que aconteceu em detalhes e pergunte aonde estavam os responsáveis naquele momento e o que estavam fazendo. Dependendo da gravidade do ferimento, registre Boletim de Ocorrência por lesão corporal e "leve o assunto para frente".
Se o seu/sua filho/filha sofreu um acidente, questione exaustivamente os responsáveis que estavam ou deveriam estar cuidando dele naquela hora. Converse com seu filho/filha para saber o que aconteceu em detalhes e pergunte aonde estavam os responsáveis naquele momento e o que estavam fazendo. Dependendo da gravidade do ferimento, registre Boletim de Ocorrência por lesão corporal e "leve o assunto para frente".
Caso o gestor da entidade seja realmente um bom gestor, usará as críticas e eventuais denúncias para melhorar a qualidade do serviço que presta. O mesmo vale para os profissionais que atuam com isso.
Se você é um Agente Educador ou alguém que trabalha com ensino infantil, não gostou do que escrevi acima ou sentiu-se atingido, informo-lhe que esta é a evidência que mostra que chegou a hora de você rever os seus conceitos.
Um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!
Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante: