terça-feira, 7 de abril de 2020

EDUCADOR : CONHECER "LINGUAGEM CORPORAL"


Durante este texto uso a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil.

Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.

Quero apenas deixar minha opinião sobre um tema que está relacionado com educação infantil.

Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.

O atendimento prestado a crianças por professores e educadores começou a chamar minha atenção muito tempo antes de eu me tornar um agente educador. Frequentemente sou convidado para festas  escolares diversas de algumas crianças que me são muito queridas, que sempre estudaram em escolas particulares. Como uma pessoa extremamente observadora que sou, comecei a notar a postura profissional dos professores e educadores que cuidavam delas durante as festas, e confesso que ficaria bastante preocupado se meus filhos estivessem sobre os cuidados daquelas pessoas. Talvez num "prenúncio" do que eu viria a me tornar profissionalmente em um futuro próximo, por mais de uma vez tive que cuidar da segurança e integridade física de crianças que eu não deveria estar cuidando, pois não tinha qualquer contato com a maioria delas, até aquele presente momento. Havia gente sendo paga para isto, que não estava cumprindo com sua obrigação. Esta situação gerou em mim a vontade de começar a escrever sobre coisas que ocorrem dentro deste contexto, e é por isso que há mais de um ano comecei a publicar textos sobre este tema, depois que me tornei agente educador.

A primeira vez que tive contato com o tema de linguagem corporal foi em 1989. Na época eu trabalhava na área de informática da Embraer, e estava alocado na seção de Recrutamento e Seleção para atender especificamente as necessidades deles. Alem do chefe, tinha como colegas no trabalho diário 18 psicólogos.

Aprendi muitas coisas legais com eles, que até hoje me servem para a vida. Uma das psicólogas apresentou-me o livro chamado O CORPO FALA.

Em 2008 quando fiz meus cursos de prática de Neurociência, Hipnose Clínica e Programação Neurolinguística (PNL), tive um aprendizado muito mais completo.

É importante ressaltar que a expressão verbal, quer dizer, a fala, representa aproximadamente 10% da nossa comunicação. Algumas fontes afirmam que mais de 90% de nossa comunicação é feita de forma não verbal. Dentro deste contexto, saber reconhecer o que está se passando com uma pessoa, o que ela está querendo comunicar de forma não verbal, é essencial para um bom relacionamento.

Atuando como agente educador, este conhecimento é fundamental para ajudar a saber o que se passa com as crianças, mesmo sem a manifestação verbal delas.

Conhecer a linguagem corporal impede muitas vezes que cometamos erros ou excessos, permite estabelecer alguns limites de conduta profissional.

Além disso, podemos usar os mesmos conhecimentos, ou seja, nossa expressão corporal, para transmitir de forma mais eficaz a nossa mensagem para as crianças. O resultado na comunicação é muito melhor.

A linguagem corporal permite identificar facilmente os momentos de tristeza, más intenções, tentativas de mentira, e de coisas boas também. Por sinal pode ser usado quando interagimos com adultos também.

Em PNL aprendemos uma coisa chamada MCRI (Movimento Corporal Correspondente às Representações Internas) que são pequenos sinais físicos, às vezes muito sutis, imperceptíveis a pessoas que não foram treinadas para percebê-los, que podem se manifestar pelo corpo, mas normalmente são manifestados no rosto, e que indicam claramente o sentimento que a pessoa está tendo naquele instante. Obviamente que você não saberá o que é que a pessoa está pensando, mas poderá ter uma boa noção do que ela está sentindo internamente. Normalmente não devemos e nem podemos falar para as pessoas o que percebemos, mas podemos usar isso para conduzir a interação que estamos tendo para uma situação positiva, ou não, dependendo da intenção da pessoa.

Apenas por brincadeira, vamos fazer de conta que a foto acima é algo real, e não uma pose criada para ser fotografado. Vou fazer uma rápida análise da foto: a criança em questão, se tiver um padrão normal (não vou explicar o que é isso agora),  está relatando algo sobre um som ou algo que ela disse que ouviu alguém falar, e isto está sendo criado na sua mente naquele instante, ou seja, é uma mentira auditiva, e além disso, está indicando claramente que não fará absolutamente nada daquilo que a pessoa, sua interlocutora, está falando para ela fazer.

Como você pode ver, uma simples imagem diz muita coisa para aqueles que sabem interpretá-la.

Entendo que este é um treinamento muito válido que poderia ser ministrado para profissionais que trabalham em creches, que poderia ser muito útil não só em suas vidas profissionais, mas também pessoais. Tenho certeza que a qualidade de atendimento iria melhorar muito.

Mesmo sem treinamento, os profissionais de creche mais dedicados podem, se quiserem, ler livros a respeito do assunto.

Desejo um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!

Deixo a sugestão de um livro muito bacana sobre linguagem corporal, com várias ilustrações:


Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante:


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