Durante este texto uso a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil.
Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.
Quero apenas deixar minha opinião sobre um tema que está relacionado com educação infantil.
Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.
Hoje vou discorrer sobre uma questão muito importante, que é a colocação de limites para uma criança.
Na atualidade vemos uma quantidade enorme de adultos que pensam que podem fazer o que bem entendem, como bem entendem e quando bem entendem, ignorando direitos alheios e até leis. É o famoso comportamento antissocial. Isto nada mais é do que FALTA DE LIMITES, comportamento que muito provavelmente é fruto de uma educação completamente falha, se é que em algum instante houve educação efetiva por parte dos pais e educadores.
Tem pai que pensa que amar o filho é permitir que ele faça o que quer, é dar tudo o que ele pede. Trata-se de um grande engano.
A determinação de limites mostra à criança qual o papel, o lugar, o espaço de cada ser humano e principalmente o espaço social dela.
Limites são necessários para que haja uma convivência sadia em sociedade, permitindo assim o desenvolvimento moral da criança.
Por outro lado, devemos lembrar também que a criança é um ser humano que tem direitos, inclusive direito a escolhas, mas é importante ressaltar que a idade mental dela não dá competência para ela decidir sobre certas coisas.
Outro dia ouvi de uma mãe uma frase que considero simplesmente absurda e inaceitável: "Meu filho, de 5 anos de idade, não faz as atividades da escola porque ele não quer parar de jogar videogame". Como assim? Quem manda naquela casa? Acho muito fácil um parente querer justificar sua incompetência, preguiça e negligência, jogando a culpa em uma criança, mas ainda assim a responsabilidade do adulto não deixa de existir.
Quando damos limites a uma criança, quer você acredite ou não, mostramos a ela que ela é amada e protegida, atendendo desta maneira duas das necessidades básicas de todo ser humano.
Adicionalmente, o desenvolvimento da autonomia acontece de forma sadia somente quando um adulto mostra os limites de atuação da criança. Ter autonomia de forma saudável significa saber cuidar de si, de suas necessidades, do espaço onde está atuando e respeitar as pessoas no seu entorno.
Crianças têm o hábito de testar os adultos, através do enfrentamento e do confronto para ver até onde os pais e educadores permitem que ela vá. É imprescindível que o adulto enfrente a situação e mostre até onde a criança pode ir.
O problema é que muitos pais cresceram sem limites e hoje não conseguem ser uma referência para os próprios filhos. Em qualquer circunstância em que um parente não souber o que fazer, basta falar com um profissional especializado, como por exemplo, um psicólogo. Até nas redes de atendimento publico é possível encontrar ajuda com assistentes sociais. Só não toma uma atitude quem realmente não quer.
Como diz o título de um famoso livro, "QUEM AMA, EDUCA!"
Quais limites você tem dado ao seu filho(a) ou aluno(a)?
Desejo um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!
Deixo o link para quem quiser comprar o livro QUEM AMA, EDUCA!
Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante: