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sábado, 31 de maio de 2025

UMA ESTRATÉGIA FINANCEIRA DIFERENTE E QUE FUNCIONA (PARTE 2)



Informo que este texto não é uma recomendação de investimento.

Esta é a segunda parte ou continuação do texto que fala sobre uma estratégia financeira diferente e que funciona. A primeira parte do texto pode ser encontrada NESTE LINK.

Quero ressaltar que esta estratégia financeira provavelmente não é adequada para aquelas pessoas que pretendem fazer especulação na Bolsa de Valores, ou seja, comprar ativos quando os preços estão baixos para vendê-los tão logo os preços subam.

Vou falar um pouco sobre alocação de capital e outras coisas.


EM QUE ALOCAR O DINHEIRO?


Segundo as premissas da estratégia financeira que sigo, pelo menos setenta por cento (70%) de todo capital investido deve estar em aplicações que estão categorizadas como seguras, como por exemplo CDB, Fundos DI, Fundos de Renda Fixa, etc, preferencialmente aquelas aplicações que são garantidas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que no dia em que escrevo este texto, garante em até duzentos e cinquenta mil Reais (R$ 250.000,00) alguns tipos de investimento, caso a instituição financeira em que eles se encontrem venham a falir.

Este capital aplicado em investimentos ditos seguros é também chamado na estratégia de Reserva de Emergência, e conforme expliquei no texto anterior, deve ser de pelo menos 12 vezes o valor da sua despesa mensal. Pode ser menos? Posso fazer outros tipos de investimento? Para ambas perguntas a resposta é a mesma: claro que pode, pois é você quem decide o que fazer com seu dinheiro. Estou apenas relatando os critérios da estratégia financeira que sigo.

As aplicações de Renda Fixa, teoricamente, são menos arriscadas. Contudo, existem também as aplicações em Renda Variável que são conhecidamente mais arriscadas.


APLICAÇÕES EM RENDA VARIÁVEL


A estratégia financeira que descrevo nestes textos contempla o investimento de no máximo trinta por cento (30%) de todo capital em aplicações de Renda Variável, que conforme o próprio nome diz, oscila bastante e nunca é demais dizer que é impossível prever o comportamento do Mercado Financeiro. Pode ser mais de 30%? Como já disse, pode, pois quem decide o que fazer com seu dinheiro é você.

Uma das maneiras de minimizar ao máximo a possibilidade de perdas causadas pelas oscilações e outros fatores é escolher bons ativos, boas empresas e pagar um preço adequado por estes ativos.

O que quero dizer com bons ativos? Vou citar um exemplo: se eu for comprar uma ação do Banco do Brasil, sei que é uma empresa sólida, com mais de duzentos anos de existência e acima de tudo é uma empresa que paga regularmente bons dividendos. Historicamente é uma empresa que seria uma boa candidata para eu investir.

Saber isto basta para eu sair comprando ações do Banco do Brasil? NÃO!

O que mais interessa na estratégia financeira é o recebimentos mensal de proventos, pois trata-se de uma estratégia previdenciária.

Se você paga um preço muito alto por uma ação, a rentabilidade recebida pode ser muito baixa, se comparada ao preço pago pela ação. Portanto, preço de um ativo financeiro importa, e muito, nesta estratégia financeira.

Em outras palavras, existe um valor máximo que você pode pagar por um ativo na tentativa de evitar ou minimizar perdas financeiras e este valor é chamado de PREÇO-TETO.


CALCULANDO O PREÇO-TETO


Como a estratégia previdenciária é baseada em recebimento de proventos, o preço que você paga no ativo é importante para saber o quanto está ganhando.

Vamos supor que você queira comprar uma ação fictícia chamada XPTO4, pagando nela o valor de dez Reais (R$ 10,00)

Esta empresa pagou nos últimos 6 anos para cada ação os seguintes valores, por ano:

2024 = R$ 1,20
2023 = R$ 1,15
2022 = R$ 0,95
2021 = R$ 0,98
2020 = R$ 0,80
2019 = R$ 0,85

Levando em conta o rendimento líquido mínimo aceitável de 6% ao ano, segundo a teoria do Décio Bazin, temos a seguinte fórmula:

1-) Somamos os valores pagos anualmente durante os últimos seis anos.

Soma = 1,20 + 1,15 + 0,95 + 0,98 + 0,80 + 0,85

Soma = 5,93

2-) Calculamos a média de valores pagos nos últimos 6 anos dividindo esta soma por 6.

Média = Soma / 6

Média = 0,9883 aproximadamente

3-) O preço-teto é encontrado dividindo a média dos valores de proventos pagos nos últimos seis anos por seis por cento (6%).

Preço-teto = Média / 0,06

Preço-teto = R$ 16,47 aproximadamente

Isto que dizer que o preço máximo que você deveria aceitar pagar por esta ação fictícia XPTO4 é de R$ 16,47. Se pagar valor superior, você não estará realizando os 6% de lucro mínimo esperado por ano.

Como neste exemplo você iria pagar o valor de dez Reais (R$ 10,00) por cada ação, estaria comprando a mesma por um bom preço.

Saber o preço-teto é suficiente para sair comprando uma ação? Não.

No próximo texto vou fazer mais algumas considerações sobre o assunto.

sábado, 19 de abril de 2025

UMA ESTRATÉGIA FINANCEIRA DIFERENTE E QUE FUNCIONA (PARTE 1)

UMA ESTRATÉGIA FINANCEIRA DIFERENTE E QUE FUNCIONA

Inicio este texto dizendo que ele não é uma recomendação de investimento, mas sim um relato de uma experiência pessoal.

O COMEÇO DE TUDO


Por volta de Julho/2022, estava assistindo a alguns vídeos no Youtube sobre investimentos financeiros, quando me deparei com um vídeo de um homem que aparentava ser bem idoso, falando sobre investimentos na Bolsa de Valores.

Meu primeiro impulso foi de pular o vídeo, já que a maioria das pessoas não dá muita importância para coisas que pessoas bem idosas falam.

Felizmente não pulei o vídeo. Pela primeira vez, tomei contato com os ensinamentos do Sr Luiz Barsi Filho, o primeiro investidor bilionário pessoa física brasileiro na Bolsa de Valores, que começou a vida como engraxate.

As coisas que assisti no vídeo me chamaram muito a atenção e passei a estudar diariamente, durante duas a quatro horas, aquelas coisas das quais ele falava.

Foi assim que comecei a aprender sobre a estratégia usada por ele e passei a utilizá-la.

ASPECTOS GERAIS DA ESTRATÉGIA


Antes de tudo é importante que se saiba que esta estratégia financeira é de longo prazo e que teoricamente, os primeiros resultados significativos começam a aparecer depois de seis a oito anos investindo. No meu caso, como estou investindo não só em Ações, mas também em Fundos Imobiliários que pagam proventos mensalmente, comecei a ter os primeiros resultados, pouco significativos, mas já são resultados, com pouco mais de dois anos de investimentos.

Outra coisa importante a saber é que o principal objetivo desta estratégia é prover mensalmente, ao longo dos anos, uma renda "previdenciária".

O que relato a seguir não são apenas aspectos da estratégia que aprendi, que envolvia só investimentos em Ações, mas sim uma adaptação que fiz dela para incluir também Fundos Imobiliários.

A primeira coisa que se aprende é fazer uma coisa que se chama RESERVA DE EMERGÊNCIA, cuja função é exatamente esta, ou seja, prover recursos financeiros para uma eventual emergência caso a pessoa precise gastar dinheiro com algo, ou fique desempregada por algum tempo, etc.

Qual seria o valor desta reserva de emergência? Cada pessoa define o seu, mas recomenda-se que a pessoa tenha o equivalente a doze meses acumulados do valor de sua despesa mensal.

A Reserva de Emergência ficaria investida em algum tipo de investimento mais seguro, de liquidez diária e provavelmente de Renda Fixa (fundos DI, CDB, fundos RF, e outros similares).

Somente após ter sua Reserva de Emergência feita é que a pessoa deve começar a investir em ativos de Renda Variável, como Ações e Fundos Imobiliários.

Outro aviso importante é que investir em Renda Variável não é para qualquer um. Tem pessoa que tem aversão a risco, e neste caso, esta estratégia não serve para ela.

Um dos principais riscos envolve o valor do patrimônio. Vamos supor que você invista mil Reais em Ações e daqui a uma semana você vai ver e o seu patrimônio está valendo novecentos e setenta Reais. O inverso também pode acontecer, ou seja, investiu mil Reais e uma semana depois seu patrimônio estar valendo mil e trinta reais.

Contudo, outro aspecto desta estratégia prioriza os proventos recebidos e não o valor do patrimônio. É claro que valor do patrimônio é importante, mas não é o foco principal, mesmo porque, historicamente sabe-se que o valor das Ações de boas empresas aumentam ao longo dos anos. Reitero que se trata de um investimento de longo prazo.

CONCLUINDO


Eu frequentemente faço a mim mesmo a seguinte pergunta: "O que hoje é impossível em minha vida, mas que se fosse possível, mudaria fundamentalmente para melhor o modo como vivo?"

Esta estratégia financeira é algo que está mudando para melhor o modo como vivo.

O objetivo deste texto não é ensinar a avaliar Ações ou Fundos Imobiliários, mas falar, de maneira bem simples, sobre a existência desta estratégia financeira.

Nos próximos textos vou dar algumas dicas sobre a estratégia, como por exemplo a maneira que uso para calcular o preço-teto (maior preço aceitável) para se pagar por uma Ação e Fundo Imobiliário, quais parâmetros básicos observo na hora de se comprar uma Ação ou Fundo Imobiliário e muito mais.

Espero que aproveite.