Levantei bem cedo, pois meu trem sairia às 07:19 para Albi. Tomei o trem que tinha como destino final a cidade de Carmaux. Tanto na ida quanto na volta, ele parou nas cidades de Montrabe, Gragnague, Montastruc La Conseillere, Saint-Sulpice (Tarn), Rabastens Couffouleux, Lisle Sur Tarn, Gaillac, Tessonnieres e Marssac Sur Tarn.
Cheguei a Albi por volta da 08:30. Ao sair da estação, as ruas estavam praticamente desertas. Era domingo!
A região de Albi começou a se tornar mais conhecida no século IV, com a implantação de uma diocese. A Cathédrale Sainte-Cécile, a maior igreja de tijolos do mundo, teve sua construção iniciada no século XIII e por etapas, foi finalizada até o século XVI. Outro lugar muito conhecido de Albi é o Palais de la Berbie, construído em várias estapas também, deste o século XIII até o século XIV. Hoje ele abriga o museu de Toulouse Lautrec.
Para minha sorte, depois das experiências anteriores de ficar meio “sem rumo” em Carcassone e Lourdes, dei uma olhada no mapa de Albi pela Internet antes de sair do hotel, ou seja, sabia mais ou menos que direção seguir.
Andei por cerca de 10 minutos e ao longe, pude ver a enorme torre da Cathédrale Sainte-Cécile. No caminho, passei por uma feira de artigos usados em uma praça, que tinha muitas coisas interessantes.
Cheguei na Cathédrale Sainte-Cécile bem na hora que ia começar uma missa. Consegui filmar o início da missa, e especialmente o som do magnífico órgão de tubos da igreja, construído no século XVIII. Depois que a missa começou, ficou um pouco complicado para filmar e fotografar o interior da igreja, contudo, consegui registrar as pinturas do “Juízo Final”, feitas entre os anos de 1474 e 1484, que é considerada a maior pintura deste tipo da Idade Média. Simplesmente magnífica.
Em seguida passei pelo escritório de turismo para pegar um mapa de Albi (agora sim).
Fiquei um bom tempo fotografando a área externa da Catedral e arredores.
Depois fui até o Palais de la Berbie que ficava bem ao lado da Catedral. O palácio é incrível e tem um jardim em estilo clássico, muito bem cuidado e bonito. Andei pelas muralhas do fundo do castelo, de fazem divisa com um tipo de “calçadão” ao lado do rio Tarn. Tentei visitar o museu Toulouse Lautrec, mas o horário de almoço deles era das 12:00 às 14:00 horas.
Olhei no relógio e já era quase uma hora da tarde. Hora de almoçar. Saí pela porta lateral do palácio e bem na frente, um conjunto de restaurantes super simpáticos, com mesas nas calçadas, que davam para a praça da catedral. Escolhi o restaurante La Tartine para almoçar. Como em todos os restaurantes onde fui na França, a comida era deliciosa, mas o preço, meio “salgado”. Tudo bem, afinal, não é sempre que vou para Albi, não é?
Depois de levar mais de uma hora almoçando (todos os restaurantes estavam lotados), fui visitar o museu de Toulouse Lautrec. Havia várias pinturas e desenhos muito legais, pena que era proibido filmar e fotografar lá dentro. Passei na loja do museu para comprar algumas lembranças antes de ir embora.
Fui ao convento e colégio Saint-Salvi, construído a partir de 1270. Anexa ao convento, outra igreja muito bacana.
Andei pelas centenárias ruas do centro histórico, com suas lojas, restaurantes e bares. Atravessei a Pont Vieux (ponte velha), construída no século XI para ir para o outro lado da cidade, mas quando cheguei na outra margem do rio, vi que já estava na hora de voltar para a estação para pegar o trem de volta para Toulouse.
Teria pela frente mais uma semana de trabalho em Toulouse, antes de voltar ao Brasil. Até este momento, eu acreditava que este seria o meu último dia para passeio na França, já que no sábado seguinte estaria pegando o avião para retornar ao Brasil. Nem imaginava a surpresa que eu ainda teria na semana seguinte...
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )
Se você pretende viajar para a França, recomendo os dois guias a seguir. Eles poderão ser de muita ajuda: