sábado, 31 de outubro de 2020

AGENTE EDUCADOR : DOIS ANOS COMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO



No último dia 28 de outubro completei dois anos como Agente Educador.

Para mim permanece o desafio de me reinventar, em função das mudanças que ocorreram na minha vida, mesmo eu não as querendo.

Em verdade, meu foco está nos meus objetivos finais, e nunca nos degraus que tenho que galgar pelo caminho. Colocar o foco em obstáculos serve apenas para desviar uma energia que poderia estar usando para alcançar minhas metas. Quando penso assim, coisas desagradáveis me afetam bem menos.

Neste último ano, ocupei meu tempo tentando fazer o melhor que posso pelas crianças com as quais trabalho, trazendo conhecimentos inéditos, que espero sejam úteis de alguma forma.

Com o advento da pandemia de COVID-19 em março deste ano, fiquei 2 meses de férias em casa, e voltei a trabalhar em junho.

Sem as crianças na creche, minhas atividades estão voltadas ao aprendizado que me ajude nas interações com as mesmas e também na preparação de materiais que elas possam utilizar quando voltarem às aulas. Adicionalmente minha postura profissional abriu portas para que as gestoras da creche pedissem coisas para mim que normalmente outras pessoas se recusariam a fazer.

Reformei ou colaborei indiretamente na reforma de brinquedos de grande porte usados pelas crianças. Estou preparando um jardim e uma horta suspensos. Não são conhecimentos que um desenvolvedor de software e gestor de área de TI costuma ter, mas para mim não foi problema, pois pesquisei muito e aprendi como fazer as reformas de brinquedos e as técnicas de jardinagem e horticultura.

É interessante, pois é assim que entendo o que é o verdadeiro poder - o de construir coisas e de construir-se. Tem gente que pensa que ocupar um cargo ou uma posição acima dos outros lhe dá poder. Isso só será verdade se a pessoa realmente puder construir algo de efetivo, que beneficie qualquer um. Existe valor naquilo que é feito, observando-se os resultados positivos trazidos.

Para o próximo ano pretendo continuar construindo coisas e me aperfeiçoando cada vez mais. Quero exercitar também o que aprendi sobre maneiras de interagir com as crianças, de modo que elas usufruam melhor do ambiente de recreação delas, o que resulta em uma melhor aprendizagem informal.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

LIVRO: DO REAL AO VIRTUAL



Título: Do real ao virtual

Autor: Juliana Santinelli

Editora: Autografia

ISBN: 978-65-5531-247-8

Minha opinião sobre o livro: É um livro pequeno, com 108 páginas, muito agradável e fácil de ler. A autora fala de um problema que entendo ser gravíssimo, que é a substituição da realidade da vida pela realidade dos aplicativos de jogos, videogames e internet, afetando principalmente crianças. O tema é explorado de forma bem ampla. Recomendo.

Você pode comprar este livro no link abaixo:

sábado, 17 de outubro de 2020

A HISTÓRIA DE UM PEQUENO JARDIM


Hoje vou compartilhar uma experiência que estou tendo neste momento em minha vida, muito simples, mas que estou gostando muito.

Há pouco mais de um mês, a diretora e a orientadora pedagógica da creche onde trabalho comentaram que gostariam de ter um pouco de "verde" no local, já todo o terreno é pavimentado.

Na década de 80 e 90, quando eu tinha uma chácara, eu estava acostumado a plantar laranja, milho, feijão, beterraba e rabanete, mas isso jamais me qualificaria para realizar um projeto paisagístico em uma escola infantil.

Mesmo assim, propus-me a ajudar no processo de instalação de uma pequena área verde.

O escopo do projeto em si tinha algumas "constraints" e demandas:

1-) Não havia um único espaço de terra disponível para plantar qualquer coisa que fosse. Temos 5 vasos de cimento no chão da rampa de acesso da creche.

2-) Obviamente não havia recursos financeiros disponíveis para a implementação de jardim.

3-) As gestoras queriam plantas de portes, formas, cores, texturas e odores diferentes, e ainda uma pequena horta.

4-) Na eventualidade de se fixar vasos na parte externa das janelas das salas de aula, os mesmos deveriam permitir sua remoção de forma simples para a lavagem das mesmas.

Além de poder fazer algo diferente para as crianças, algo que gerasse algum tipo de conhecimento e vivência, acho que o desafio da ausência quase total de recursos financeiros também me atraiu bastante para envolver-me no projeto. Adicionalmente, estaria envolvido em outro tema que me interessa muito que é reciclagem. E assim comecei...

O que eu usaria como vaso?

Embora neste momento de pandemia não tenhamos crianças na escola, a limpeza de todo o ambiente é feita diariamente.

Pedi para que o pessoal da limpeza entregasse para mim os galões de produtos de limpeza quando ficassem vazios, e a equipe gestora pediu ao encarregado da empresa de limpeza para ele conseguir mais galões vazios para a gente. Também recolhi garrafas "pet" variadas do lixo reciclável de meu condomínio, recebendo ainda a ajuda das faxineiras que lá trabalham, guardando galões vazios de produtos de limpeza para mim.

Como não tinha nenhuma experiência no assunto, comecei a estudar o tema, assistindo a muitos vídeos na Internet, aprendendo sobre plantas de sol pleno, meia sombra e de sombra, mistura de solo adequado a cada tipo de planta, como gerar uma muda e outros tipos de cuidados. 

Estudei também sobre eventuais contaminações de solo que podem ocorrer ao se usar vasilhames plásticos que contiveram produtos químicos.

Nossa coordenadora pedagógica providenciou um grande saco de terra vegetal vindo direto de sua chácara.

De minha parte, consegui fazer algumas mudas de plantas que existem no condomínio onde moro, de lugares por onde passo a pé na rua, e também do estacionamento do Paço Municipal. As gestoras trouxeram algumas mudas de plantas de casa.

Como fruto deste aprendizado e baseado nas limitações e requisitos do projeto, optei pelo conceito de " Garden Containment", que é o uso de recipientes diversos para "conter" o jardim e a horta.

Cerca de 15 dias depois já havia mais de 10 vasos, com mudas de plantas variadas em nosso "berçário" de mudas, localizado no tanque de areia que as crianças costumam brincar.


Diariamente eu assistia a novos vídeos, aprendia cada vez mais e trabalhava continuamente no jardim/horta.

Hoje, quando escrevo este texto, já estamos com vários vasos, mais de 14 tipos de plantas ornamentais, algumas já florescendo, e até uma planta aérea já foi "instalada" no tronco de uma árvore.

Na nossa hortinha temos bálsamo, salsinha, cebolinha comum, cebolinha francesa (ciboulette), manjerona, orégano, coentro, alecrim, tomilho-limão, manjericão e hortelã.

Temos ainda dois pés de maracujá que foram plantados por alguém pouco tempo antes, e estou na expectativa de umas sementes de morango germinarem nos próximos dias.

Antes que o mês termine, mais mudas, de plantas diferentes, chegarão.

A título de experimento, preparei alguns vasos diferentes, que chamam a atenção das crianças, mantendo a filosofia da reciclagem. Pedi para outras duas colegas me ajudarem na confecção de novas unidades.



No que depende de mim, ainda teremos pequenas casas para passarinhos (a madeira para construí-las já levei para a creche), comedouros para passarinhos, mensageiros dos ventos, hotel para insetos, uma pequena coleção de suculentas, "kokedamas", vasos sustentados por suportes feitos em macramê e mais plantas aéreas.

Para os 45 dias de existência do projeto, estou razoavelmente satisfeito com o resultado obtido até o momento. Boa vontade e aquilo que John Assaraf, em seus vídeos sobre neurociência, chama de "comprometimento", resolvem problemas, trazem benefícios e bastam para implementar um projeto deste tipo.

Quero fazer mais, com uma conotação um pouco diferente.

Tenho a intenção de fazer vídeos bem curtos, direcionados a outros colegas que são agentes educadores e que quiserem implementar em suas creches ou escolas um projeto parecido, ensinado, a um custo de implementação praticamente "zero", todas as dicas, passo-a-passo, desde o princípio.

O ambiente da escola, com certeza, fica outro.

Deixo a dica de um livro interessante sobre o assunto:

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

EDUCADOR : O QUE EU GOSTO NA PEDAGOGIA WALDORF


Durante este texto uso a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil.

Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.

Quero apenas deixar minha opinião sobre um tema que está relacionado com educação infantil.

Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.

No mês passado escrevi sobre o que havia compreendido sobre o método SEGNI MOSSI e os possíveis benefícios de sua aplicação na educação infantil (veja o artigo O PROJETO SEGNI MOSSI).

Hoje falarei sobre os possíveis benefícios que entendo existir ao se usar a pedagogia Waldorf na educação infantil.

Tudo começou com a introdução do conceito de ANTROPOSOFIA, que significa "conhecimento do ser humano", pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner no início do século XX.

Para que eu pudesse entender melhor todo este contexto, busquei informações e referências bibliográficas no site da Sociedade Antroposófica no Brasil (http://www.sab.org.br).

Embora tenha me agradado bastante, a Antroposofia é algo muito profundo, é não é o tema de hoje.

O que nos interessa é que a pedagogia Waldorf, introduzida também por Rudolf Steiner, não por mera coincidência, baseia-se nos princípios da Antroposofia.

Buscando falar de algo mais prático, entendi que a pedagogia Waldorf "enxerga" a criança como um ser humano de forma integral, em todos os seus aspectos de vida: físico, intelectual, artístico e espiritual.

Leva em conta o fato inquestionável de que cada ser humano é diferente, tendo interesses diferentes, com graus de desenvolvimento diferentes.

Ao me lembrar do que aprendi quando estudei o conceito e os princípios de inteligências múltiplas, um tema completamente diferente, vejo uma enorme similaridade de conceitos, e principalmente resultados obtidos, com a pedagogia Waldorf.

Lendo o capítulo de apresentação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica no Brasil, temos que "A educação deve proporcionar o desenvolvimento humano na sua plenitude, em condições de liberdade e dignidade, respeitando e valorizando as diferenças".

Vamos pensar juntos... Se somarmos todos estes conceitos, alguns redundantes, mas necessários, temos em nossas mãos tudo o que precisamos para uma sociedade formada por indivíduos com competências de todos os tipos e real poder de transformação.

Assisti a vários vídeos de escolas que usam pedagogia Waldorf no Brasil e no exterior, e ao ver a liberdade de escolha das crianças, o contato com a natureza e principalmente elementos "não estruturados" para que a mesma pudesse desenvolver o aprendizado de sua preferência, mesmo não estando participando daquele momento, senti-me feliz, e imaginei-me no lugar daquelas crianças.

Não sei como, nem o por quê, mas lembrei-me da época em que estava no ensino infantil, em Taubaté (SP). Minha primeira escola chamava-se Coelhinho Branco e a outra Colégio São Luís. Lembro-me que era uma chatice, e que eu odiava tudo aquilo cheio de regras, que aquilo de certa forma impedia-me de ser quem eu queria ser - NADA A VER com pedagogia Waldorf. Graças a Deus eu ficava só meio período na escola.

Mas o que veio ainda mais forte em minha lembrança, foram os momentos em que eu passava o outro "meio período" na casa de minha avó. Para que o leitor entenda melhor, preciso explicar que por ser hiperativo, quando eu era criança ninguém me aguentava dentro de casa, e se não estivesse chovendo ou muito frio, ficava no quintal o tempo inteiro, até a hora de meus pais chegarem do trabalho para me levarem para casa. Para você entender o contexto, há poucos anos, fui à Taubaté e passei em frente à casa que foi da minha avó, e para minha surpresa, havia uma escola infantil instalada lá. Há mais de 50 anos eu explorava todo este espaço sozinho, realizava meus aprendizados, ganhava muitas de minhas competências que viria a usar no futuro, exercitava meu pensamento não linear e minha criatividade.

Minha experiência com objetos não estruturados foi extremamente rica. Qualquer pedaço de pau transformava-se em um animal, um trem, um carro, uma arma. Entre os galhos das árvores existentes no enorme quintal, existiam animais e seres imaginários com os quais tinha longos e verdadeiros debates mentais. Inventava músicas para o odiado gato de minha tia, o Bolinha, com o parco repertório de palavrões que sabia na época. Desenvolvia estratégias, lógicas, ideias únicas - TUDO A VER com a pedagogia Waldorf.

Coisas de criança, mas que a neurociência explica serem fundamentais para que quando adulto, esta pessoa esteja mais capacitada, mais apta do que aqueles que passaram o tempo todo na frente da televisão, e mais atualmente, em frente a celulares, "tablets" e computadores. E como mencionei neurociência, aprendi há pouco tempo que até a idade de 5 anos, toda criança tem pelo menos 80% de suas conexões neuronais voltadas ao aprendizado não formal, e que as conexões não utilizadas, não aproveitadas, que não retiveram conhecimentos, serão definitivamente descartadas a partir dos 6 anos de idade.

Por qual motivo citei o projeto Segni Mossi ao falar da pedagogia Waldorf? Porque entendo que existe uma íntima ligação entre o primeiro e o aspecto do desenvolvimento integral do ser humano.

Quero deixar claro que este texto é uma "visão" de uma pessoa que NÃO É FORMADA em Pedagogia, mas sim em Processamento de Dados, e que nem por isso, deixa de ser alguém pensante, capaz de estudar por conta própria, aprender e desenvolver novos conceitos e ideias.

Desde criança aprendi que ouvir a opinião de alguém que está "de fora", pode trazer uma nova percepção sobre um assunto que pode estar "engessado" demais por pessoas com ideias pré-concebidas ou contaminadas.

Como agente educador, faço alguns questionamentos, agora que tenho este conhecimento: Como posso usar estes conceitos a favor das crianças com as quais trabalho? Quais exemplos práticos posso aplicar durante meu dia de trabalho com as crianças?

E você, leitor que trabalha na área da Educação, o que responderia a estas duas perguntas?

Desejo um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!

Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante:


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

PEIXE EMPANADO À CHINESA (Culinária Chinesa)


Ingredientes:
  • 6 filés de pescada sem espinha e sem pele
  • 3 dentes de alho moídos
  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 2 xícaras de água fria
  • 1 colher de chá de fermento biológico seco
  • 1 maço pequeno de cebolinhas picadas em rodelas
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Óleo para fritar

Preparo:

Corte os files de pescada em tiras, temperando-os com o alho, sal e pimenta-do-reino a gosto. Guarde na geladeira por pelo menos 30 minutos.

Coloque em um pirex fundo e redondo a farinha de trigo, o fermento, o sal e a pimenta-do-reino, formando uma espécie de "montanha".

No meio desta "montanha", faça um pequeno buraco com uma colher e vá colocando a água aos poucos, usando um batedor "fouet" para misturar tudo. Pode ser que você não precise usar toda a água. A mistura deve ficar com uma consistência bem cremosa. Deixe-a repousando por pelo menos 45 minutos para "fermentar".

Depois que o creme "fermentou", bata-o novamente, coloque cerca de 2 dedos de óleo em uma panela pequena, e ponha em fogo alto para esquentar.

Quando o óleo estiver bem quente, abaixe o fogo um pouquinho, passe um pedaço de peixe por vez no creme com a ajuda de um ou dois garfos, deixe escorrer bem o excesso e frite-o.

Assim que estiver frito, retire-o e ponha em uma travessa forrada com papel absorvente para retirar o excesso de óleo.

Sirva em uma travessa, colocando por cima a cebolinha, acompanhado de limão.

Tempo de preparo: 60 minutos

Serve: 4 pessoas.

Foto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho

Para você que aprecia receitas de peixes e frutos dos mar, gostaria recomendar este livro:

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

FRASES MOTIVACIONAIS (OUTUBRO/2020)


Frases deste mês:
  • Ser feliz é a maior ostentação que existe.
  • Ninguém percorre um caminho sem tropeçar várias vezes, nem alcança grandes alturas no primeiro voo. Tente mais uma vez.
  • Pare de se interessar pela vida de quem não faz diferença na sua vida
  • O tempo não compra passagem de volta. Tenha lembranças e não saudades.
Você pode ver o vídeo com as frases deste mês clicando neste link: https://youtu.be/SZgec4agINI

Quero deixar a dica de um excelente livro de motivação: