A viagem a Isla Negra começou um pouco tumultuada. Com atraso de aproximadamente uma hora, minha guia turística me apanhou no hotel. A previsão seria visitarmos a casa de Pablo Neruda, que hoje é museu, em Isla Negra, irmos até Algarrobo conhecer a maior piscina de água salgada do mundo, almoçarmos em um restaurante de peixes e frutos do mar em Isla Negra e depois retornarmos para Santiago.
Contudo, na nossa "van" estava uma mulher que queria visitar Pomaires, que ficava no caminho para Isla Negra, mas não fazia parte de nosso roteiro. Quando nossa guia turística informou que Pomaires não fazia parte da programação, a mulher, com um sotaque típico de uma determinada região do Brasil, levantou o tom de voz e insistiu de forma extremamente inconveniente na mudança de roteiro, sem sequer consultar os outros passageiros (como eu vivo dizendo, dinheiro compra tudo o que uma pessoa quer, mas nem sempre compra o que ela mais precisa). A guia turística, que me deu a impressão de não estar acostumada com tanta falta de classe e de educação, gentilmente disse que por compensação ao atraso em nos apanhar no hotel, estaria abrindo uma exceção e nos levando também até Pomaires.
Passados estes instantes desagradáveis, seguimos viagem até Isla Negra. No caminho, a guia falava sobre a prática de agricultura no local. Pude observar enormes plantações de pêssego, alface, batata, cebolinha e morango. Notei que em um determinado ponto, bem ao lado do acostamento da estrada havia como se fosse um "cercado", com diversas garrafas de água dentro dele. Perguntei e a guia me respondeu que no Chile os caminhoneiros costumam deixar garrafas de água em determinados locais, como um tipo de oferenda a santos, a pessoas mortas e outras coisas.
A casa-museu de Pablo Neruda fica de frente para o mar. Segundo a própria guia turística, a casa se parece com o território do Chile: estreita e comprida. Para entrarmos na casa, existe uma pessoa do local, atuando como um tipo de guia de visitantes, que é paga para nos mostrar todo o interior da casa, contar sobre a história da mesma, bem como sobre a vida de Pablo Neruda. Infelizmente ela não permitiu que tirássemos fotos dentro da casa, que se parece com o interior de um barco. Por todos os lados existem objetos que lembram alguma coisa do mar. Muito bonita!
Do lado de fora da casa existem vários sinos pendurados em finas toras de madeira, um veleiro, uma âncora de bom tamanho e também o túmulo onde estão enterrados Pablo Neruda e sua esposa.
Encerrada a visita, dei uma passada até a lojinha que tem dentro da casa-museu para comprar algumas lembranças.
Seguimos viagem até Algarrobo para conhecer a maior piscina de água salgada do mundo, localizada dentro de um "resort" chamado San Alfonso del Mar. Esta piscina tem mais de 1 Km de extensão. Alguns de seus usuários chegam a usar pequenos barcos dentro dela. Ao lado do "resort" tem uma área ecológica protegida por cerca, onde vivem diversas aves de região marítima. A praia em frente era muito bonita também.
Retornamos à "van" e seguimos viagem até Pomaires. No caminho, ainda em Algarrobo, passamos por uma praia chamada El Quisco, pois bem no meio dela, na água, tem uma pedra com um único cacto em cima (este tipo de cacto é chamado de quisco). O cacto é enorme e chama bastante a atenção.
Pomaires é uma cidade bem pequena, famosa por suas peças de artesanato em cerâmica. Possui restaurantes com comidas típicas da região - fomos almoçar em um destes restaurantes. O restaurante tinha em seu interior, colocados sobre as mesas ou pendurados pelo teto, frutas, verduras e legumes da região; tudo para venda. A comida era farta e muito boa. Tive a oportunidade de almoçar novamente com um casal muito agradável, com quem já havia almoçado no dia anterior, em Portillo. A mulher era professora de francês e o marido era médico cardiologista.
Pomaires é uma cidade bem pequena, famosa por suas peças de artesanato em cerâmica. Possui restaurantes com comidas típicas da região - fomos almoçar em um destes restaurantes. O restaurante tinha em seu interior, colocados sobre as mesas ou pendurados pelo teto, frutas, verduras e legumes da região; tudo para venda. A comida era farta e muito boa. Tive a oportunidade de almoçar novamente com um casal muito agradável, com quem já havia almoçado no dia anterior, em Portillo. A mulher era professora de francês e o marido era médico cardiologista.
Terminado o almoço, visitamos algumas lojas de artesanato nas proximidades.
Findo o passeio, retornamos a Santiago. A jornada de viagens ininterruptas durante estes dias havia me cansado um pouco. Estava com preguiça de sair para jantar, mas de repente, um daqueles tremores de terra diários em Santiago, só que relativamente forte, me fez rapidamente pegar meu agasalho, minha bolsa e sair para a rua. Comi um lanche rápido, andei mais um pouco e voltei para o hotel.
No dia seguinte iria para meu último passeio no Chile: as cidades de Valparaíso e Viña Del Mar.
Minha impressão: As praias de Isla Negra são bonitas. Para mim, o maior atrativo do local é sem dúvida a casa-museu de Pablo Neruda. Algarrobo também tem praias bonitas, além de bons restaurantes e bares. Tirando a estrada principal que corta as duas cidades, honestamente não vi ruas asfaltadas. São lugares rústicos e ao mesmo tempo de nível social mais alto. Pomaires é um local minúsculo e os atrativos são os restaurantes e as lojas de artesanato.
Minha impressão: As praias de Isla Negra são bonitas. Para mim, o maior atrativo do local é sem dúvida a casa-museu de Pablo Neruda. Algarrobo também tem praias bonitas, além de bons restaurantes e bares. Tirando a estrada principal que corta as duas cidades, honestamente não vi ruas asfaltadas. São lugares rústicos e ao mesmo tempo de nível social mais alto. Pomaires é um local minúsculo e os atrativos são os restaurantes e as lojas de artesanato.
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )
Se você vai viajar para o Chile, recomendo o livro abaixo. Ele poderá ser bem útil: