Ontem estava assistindo ao jornal da RTS (Rádio e TV Suíça) quando vi uma reportagem sobre marketing olfativo.
Esta foi a primeira vez que ouvi falar no termo, embora saiba muito bem o que ele significa e que este tipo de marketing é praticado há muito tempo.
Apenas para exemplificar, quando você entra em um restaurante de comida típica mineira por exemplo, é impossível resistir ao cheiro da comida. Você com certeza vai sentar em uma mesa e comer.
Pois é, alguns supermercados na Suíça estão usando umas placas de um polímero que se parece com gel, na saída dos equipamentos de ar condicionado.
O odor exalado por estas placas é espalhado pelos equipamentos de ar condicionado, criando um "clima" propício ao consumo, ao estimular o olfato do consumidor.
Segundo as pesquisas, o marketing olfativo tem ajudado a aumentar o número de vendas nos locais onde é utilizado. Por gostarem do odor, as pessoas ficam mais tempo no supermercado e acabam comprando mais coisas. Existem situações em que o odor do local sugere a compra de produtos bem específicos, como é o caso do chocolate.
Um pesquisador da Universidade de Genebra que é especialista em "Ciência Coletiva" explica como nosso cérebro faz a associação do cheiro sentido no ar, com aquilo que a pessoa vê na sua frente, e como o cérebro realiza a associação de uma coisa com a outra, levando a pessoa a querer comprar aquilo.
Parece meio óbvio, lembrando do exemplo que citei do restaurante, contudo, as empresas, que não têm limites para tentar aumentar seu volume de venda, estão usando esta "ferramenta" de maneira mais agressiva.
O consumidor é bombardeado de maneira inconsciente, de todas as formas possíveis, e os incautos acabam comprando coisas que não precisam.
Para evitar gastar dinheiro à toa, evitar comprar de coisas que não são necessárias e evitar o consumismo abusivo, basta ficar atento e sempre comprar apenas aquilo que você necessita.
( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )
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