Domingo...
Eram 04:00 horas da manhã em Roma quando fui despertado pelo telefone do hotel, que funcionava como meu despertador.
O ônibus iria sair logo mais para o passeio do dia (Pompéia, Nápoles e Ilha de Capri).
Eu comeria um lanche simples no ônibus, e quando chegasse a Pompéia (em italiano escreve-se Pompei), tomaria um café da manhã em um hotel de lá.
Nem sempre sair de férias significa descansar. De qualquer forma, 05:00 horas da manhã já estava dentro do ônibus rumo a Pompéia.
Eu me sentia bastante ansioso, pois este é um dos sítios arqueológicos que eu mais queria conhecer.
Cheguei para o café da manhã em Pompéia e em seguida já fui visitar as ruínas.
Pompéia está localizada na região de Campania e acredita-se que foi fundada entre os séculos VI e VII a.C.
Durante as escavações do sítio arqueológico, pesquisadores encontraram indícios de que Pompéia chegou a ser dominada por diferentes povos, quando foi finalmente conquistada pelos romanos em 80 a.C., e nesta ocasião, começou a se chamar Colonia Cornelia Veneria Pompeianorum. Foi uma cidade que prosperou bastante.
No ano 62 d.C, Pompéia foi atingida por um forte terremoto, oriundo de uma erupção do vulcão Vesúvio, e os danos foram reparados.
Em 79 d.C. Pompéia foi pega de surpresa por uma violenta erupção do vulcão Vesúvio, e desta vez, seus habitantes não tiveram muita sorte, pois os calor de cerca de 250 graus Celsius projetado nas imediações do vulcão, matou instantaneamente os habitantes que estavam lá. Em seguida, a cidade e tudo que estava nela foi completamente coberta de cinzas, sendo esquecida pelas pessoas e pelo tempo. Na época de sua destruição, acreditava-se que Pompéia tinha cerca de 20 mil habitantes.
Em 1599 fizeram as primeiras descobertas sobre Pompéia, em escavações que foram logo abandonadas.
Em 1748, Pompéia foi re-descoberta pelo engenheiro espanhol Rocque Joaquin de Alcubierre, e a partir daí, começaram efetivamente as escavações, que continuam até os dias de hoje.
Embora a cidade esteja bem destruída, caminhar por Pompéia lhe dá a impressão de estar andando por uma cidade romana do século I. Muitos objetos ainda estão lá, intactos. Alguns lugares, como a casa de banhos, estão relativamente preservados.
Pode parecer loucura, mas durante as horas que passei ali, tive a plena sensação de estar em outro mundo. De vez em quando, a visão das minhas câmeras e do celular me faziam lembrar eu que estava no século XXI, e não no século I.
Minha cabeça estava "a mil por hora", pois a cada coisa e cada detalhe que via, ficava imaginando como deveria ser magnífica a cidade quando estava intacta, e ainda, como teriam sido seus últimos momentos. O silêncio do local evoca respeito pelo que ocorreu lá. A "energia" do lugar, principalmente nos poucos ambientes fechados, é "pirada".
Outra coisa da qual eu não fazia idéia é quão grande é Pompéia. Normalmente vemos em fotos na Internet, ou documentários na televisão, alguns trechos da cidade que nos dá a idéia equivocada de seu tamanho. Andei durante duas ou três horas seguidas no sítio arqueológico, e creio que não vi nem 20% de tudo.
O vulcão Vesúvio, embora meio "adormecido", está ativo até hoje, soltando fumaça o tempo inteiro.
Mal tinha terminado o passeio, já estava com vontade de voltar para o sítio arqueológico e começar tudo de novo. Assim que puder, retornarei lá para passar uma semana inteira, olhando todos os detalhes possíveis.
Ao visitar as ruínas de Pompéia, não deixe de ver o teatro, o mercado, a
coleção de objetos e a casa de banhos. Existem outras coisas
interessantes para se ver também. É só sair andando por lá.
Não sei se felizmente ou infelizmente, mas tinha que continuar minha viagem, rumo a Nápoles...
( Texto e fotos : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )
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