quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ASSIM FOI 2020


Totalmente inesperado! Não existe nenhuma outra expressão para explicar como foi este ano para o mundo inteiro.

No meu trabalho, comecei o ano com uma turma de crianças basante razoável em minha sala, acompanhado de todas as dificuldades que já existiam no ano passado e algumas novas. No entanto, minha formação profissional e comportamental permitiram que eu lidasse com isso de forma bastante positiva e satisfatória.

Logo em 18 de março recebi a notícia de que a partir do dia seguinte eu estaria de férias durante 30 dias por conta da pandemia de COVID-19.

Passados alguns dias, receberia notícia da morte de um amigo muito querido, por motivos naturais, que morava no mesmo condomínio onde moro. Infelizmente tem "tranqueira" que permanece viva, "perturbando" a humanidade.

Antes de terminar minhas férias, recebi com surpresa a notificação de que estaria mais 30 dias em férias, pelo mesmo motivo.

Retornei das férias de 60 dias na primeira semana de junho. Como não havia perspectiva do retorno das crianças, começamos a realizar atividades que estavam previstas para serem realizadas quando houvesse tempo disponível.

Compartilhando o tempo entre as atividades, aprendia novas coisas relacionadas ao meu trabalho. Tive a oportunidade de conhecer sobre o PROJETO SEGNI MOSSI, a PEDAGOGIA WALDORF, a IMPORTÂNCIA DO BRINCAR, como fazer adequadamente a ESCUTA DAS CRIANÇAS e muitas outras coisas.

Ao estudar tudo isto, usei técnicas de Programação neurolinguística e Hipnose Clínica para trazer de volta o hábito do pensamento divergente, gerando uma qualidade muito maior em minha vida e em meu trabalho, com resultados completamente além de minhas expectativas positivas, que ainda estão trazendo novas coisas positivas, principalmente no que diz respeito à criatividade.

Dentre estas coisas, cito o exemplo de atividades que estou realizando na escola onde trabalho. As gestoras pediram que eu providenciasse a instalação por todo o espaço físico da escola um jardim e horta. Nunca havia feito isso em minha vida. Pesquisei a respeito, somando minha tendência natural à preservação do meio ambiente, ecologia e reciclagem de materiais, resultando em jardim e horta suspensos, usando o conceito de "Garden Containment" por meio de uso de galões de produtos de limpeza, garrafas pet e outros materiais.

Ainda dentro do aspecto ecológico estou pensando um um projeto pessoal, que farei em minhas horas de lazer. Mais detalhes serão dados no dia em que o projeto for iniciado, daqui a alguns dias.

Peço licença e desculpas pela falta de modéstia em ressaltar minha resiliência e capacidade de adaptação a situações, lembrando que sou gestor de área de TI e gerente de projetos desempregado neste momento, que nos últimos dois anos tem atuado como Agente Educador, e que nos últimos meses tem atuado diariamente como jardineiro com grande sucesso. Embora na perspectiva de carreira profissional isto me desagrade profundamente, sou obrigado a admitir que do ponto de vista de crescimento pessoal isto está sendo imenso em minha vida. Vale lembrar que ainda trabalho com atividades na área de Tecnologia da Informação fora do meu horário de expediente, mantendo-me apto a assumir novamente minhas "funções tecnológicas" a qualquer instante em que a oportunidade adequada surgir, e tenho certeza que vai surgir mais rápido do que imagino.

Todas estas mudanças proporcionaram um reflexo super positivo em minha vida pessoal.

Posso dizer que o tempo livre que tive durante a pandemia de COVID-19 resultou somente em coisas positivas para mim.

Para o ano de 2021 tenho muitas perspectivas positivas. No que depender de minha ação, serão concretizadas. Tenho em mente também os pontos de melhoria em relação a minha pessoa, no aspecto comportamental e outros.

Que o ano de 2021 seja muito bem-vindo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

LISTA DE RECEITAS PUBLICADAS ATÉ 2020


Esta é a lista de receitas publicadas até 2020:

Deixo a seguir a dica de um excelente livro de receitas:

domingo, 27 de dezembro de 2020

LISTA COM OPINIÕES SOBRE LIVROS ATÉ 2020


Esta é a lista de publicações que realizei até hoje dando opiniões sobre livros que li, e pode ser usada por você como índice para acessar as informações sobre os livros.

sábado, 26 de dezembro de 2020

UM CRIADOURO PARA A DENGUE



Este ano, em meu ambiente de trabalho, tive a oportunidade de conhecer e atuar em uma Brigada no Combate às Arboviroses, mais especificamente Dengue, Zika, Chikungunya e outras doenças similares, atuando preventivamente.

Embora o momento seja tomado por preocupações relativas à COVID-19, por todo o Brasil tivemos notícias alarmantes sobre casos de Dengue, que é uma doença que pode matar.

A principal prevenção é acabar com criadouros de mosquitos Aedes aegypti, que são os que transmitem a doença.

O mosquito normalmente coloca seus ovos em água parada. Se ocorrer da água não ser retirada ou secar, a larva eclodirá do ovo e se desenvolverá.

As pessoas desconhecem que um ovo deste mosquito pode durar até dois anos em um lugar seco, aguardando apenas a água acumular um pouco para a larva eclodir.

Qualquer objeto que possa acumular água é um criadouro em potencial, e você não imagina como é que as coisas mais inesperadas podem tornar-se um criadouro. Basta olhar a foto que publiquei neste artigo - uma simples cadeira de plástico largada a céu aberto na área comum de um certo condomínio tornou-se um criadouro em potencial. No caso da cadeira que fica permanentemente exposta ao tempo, a solução é muito simples: com uma furadeira fazer um pequeno furo de cerca de 2 milímetros em seu fundo.

Na creche onde trabalho temos aqueles brinquedos grandes de plástico com túneis e escorregadores. Eles dispõem de um orifício de 2 centímetros de diâmetro para se encaixar um tipo de cobertura, que pode ser comprada opcionalmente. Descobri que este orifício podeira tornar-se um criadouro em potencial. Cada brinquedo destes tinha 8 orifícios, logo, tínhamos a chance de ter 8 prováveis pequenos criadouros de dengue em cada brinquedo. A solução que dei para este problema foi colocar massa adesiva do tipo Durepoxi para tapar os orifícios. Funcionou bem.

Para ralos internos ou externos é feita semanalmente a salinização dos mesmos, caso tenham água parada. O mesmo é feito com terminais de para-raios que também acumulam água através dos furos de seus puxadores e também com bandejas de geladeiras e pratos de vasos.

Vasos sanitários são mantidos sempre fechados, e às sextas-feiras, antes de ir embora, é colocada água sanitária nos mesmos.

Baldes, bacias, garrafas e qualquer outra coisa que possa conter água, são virados de cabeça para baixo.

Regularmente pede-se a limpeza das calhas e lajes para evitar acúmulo de água.

Estas são medidas muito simples, de baixo custo, que podem ser adotadas por qualquer pessoa.

O que você tem feito para evitar a propagação de doenças transmitidas por insetos?

Para você que quer aprender um pouco mais sobre arboviroses e prevenção, sugiro este livro:

domingo, 20 de dezembro de 2020

NÃO É MINHA RESPONSABILIDADE


Recentemente, passei por uma situação que foi o motivo de eu estar escrevendo este texto.

Em 1994, tive a oportunidade de ler um livro que mudou completamente minha percepção sobre qualidade, em todos os aspectos da minha vida, principalmente o profissional. O livro chama-se A HORA DA VERDADE, do autor Jan Carlzon.

Ele conta a experiência que teve como presidente da SAS, Scandinavian Airlines, uma das melhores companhias aéreas que o mundo já teve.

Nesta mesma época eu trabalhava na Embraer, a maior indústria aeronáutica do Brasil, e havia, pelo menos em teoria, uma verdadeira febre do que se chama "Qualidade Total". Quase todo mundo da empresa estava fazendo treinamentos sobre este assunto, repetindo termos como, por exemplo, "área de eficácia de uma pessoa" e coisas do gênero.

Uma coisa da qual jamais me esqueci foi do dia em que estava participando de um treinamento sobre Qualidade Total, quando o instrutor perguntou a todos os participantes, qual era o nosso objetivo na empresa. Cada participante respondeu algo relativo àquilo que fazia em seu cargo. O instrutor virou para nós e falou: "vocês estão todos equivocados, pois o único objetivo de vocês na empresa é entregar aviões".

Realmente a grande maioria de nós imagina que nossa responsabilidade em nossos empregos está sendo bem cumprida apenas se fizermos estritamente o que nos compete.

O instrutor de Qualidade Total usou um exemplo que deixou o novo conceito muito claro: "Se você é um contador, está passando ao lado da linha de montagem, e naquele instante estão precisando de um parafuso para finalizar a entrega de um avião, e não existe ninguém disponível para buscar este parafuso, a não ser você, é sua obrigação, contador, ir buscar este parafuso. A responsabilidade está centrada no negócio da empresa, no atendimento ao cliente, e não nos cargos que os seus empregados ocupam.

O serviço público é acompanhado de uma fama não muito positiva, não só no Brasil, mas principalmente aqui, com queixas sobre baixa produtividade, incompetência, má vontade e outras péssimas práticas profissionais e comportamentais. É claro que isto não é uma regra, como em qualquer outra entidade pública ou privada. Dependendo do órgão público, existe inclusive uma legislação específica, dizendo o que o funcionário público pode recusar-se a fazer no desempenho de suas funções, assim como o que tem obrigação de fazer. Entendo perfeitamente os motivos pelos quais existem estas legislações e apoio completamente. Ser um profissional competente ou incompetente é uma questão de escolha pessoal, e não do acaso, muito menos de leis.

Independente do tipo de emprego que você tem, mesmo que não seja parte de sua função, o que lhe impede de fazer algo, quando você tem o conhecimento, o tempo e os meios para fazê-lo?

Dizer que não é sua responsabilidade fazer algo que está dentro de suas possibilidades, mesmo fora de suas funções, apenas serve para mostrar o quão medíocre, boçal, ignorante e irresponsável você é. Repense suas atitudes!

Para você que quer melhorar a qualidade de sua vida, do seu trabalho, independente do segmento onde você atua, deixo a sugestão deste pequeno livro:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

REAPROVEITANDO BANDEJAS DE ISOPOR



Hoje vou comentar sobre uma forma de reutilização de material.

Infelizmente o isopor não é reciclável, mas podemos reaproveitá-lo, dando um segundo uso para objetos feitos deste material, como por exemplo bandejas, pratos de marmita e suas respectivas tampas, assim como vários outros.

Normalmente, quando vamos plantar algo em um vaso a primeira camada que vai no fundo dele é feita de algum tipo de material que permita facilmente a vazão do excesso de água, chamada também de camada de material drenante, ou simplesmente camada drenante.

Muitas vezes utilizamos argila expandida, brita ou casca de pinheiro picada. Contudo, todo este material tem um custo financeiro para o comprador, além de um custo ecológico por sua produção e transporte até o local de venda.

Se você picar uma bandeja com uma tesoura ou outro objeto feito de isopor, poderá usá-lo como uma camada drenante em seu vaso, evitando custos financeiros e ecológicos.

Caso possa, opte também por reutilizar garrafas "pet" ou galões de produtos de limpeza devidamente lavados para a função de vaso.

A natureza vai agradecer.

Quero recomendar um livro dobre reciclagem:

domingo, 13 de dezembro de 2020

LIVRO: I CHING ILUSTRADO



Título: I Ching Ilustrado

Autores: Judy Fox, Karen  Hughes e John Tampion

Editora: Círculo do Livro

Minha opinião sobre o livro: Os autores demonstram de uma maneira super fácil e prática como consultar o I Ching, que é considerado o livro de sabedoria mais antigo do mundo e que ainda é usado nos dias de hoje. As explicações sobre as combinações de resultados quando se jogam as três moedas comuns, gerando um hexagrama, nada mais são do que conselhos e palavras para reflexão. Você poderá ter bons momentos de diversão e sabedoria ao consultar o I Ching.

Você poderá comprar um outro livro muito bom sobre I Ching no link abaixo:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

EDUCADOR : FAZENDO A "ESCUTA" DAS CRIANÇAS


Durante este texto uso a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil.

Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.

Quero apenas deixar minha opinião sobre um tema que está relacionado com educação infantil.

Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.

Em meu ambiente de trabalho, tem havido muita discussão sobre como acolher as crianças quando as aulas retornarem, como observar e "escutar" o que elas estão sentindo e sentiram durante a pandemia de COVID-19. Imagine a infinidade de situações, boas e ruins, pelas quais esta criança passou, ficando em casa o tempo inteiro.

Não há dúvida de que ouvir o que cada uma das crianças tem a contar é a melhor forma de se fazer esta "escuta", que funciona até mesmo como uma forma de terapia.

Como não sabemos se haverá ou não o retorno às aulas, nem quando isso ocorrerá, entendo que podemos ir fazendo esta "escuta" de outras formas.

Antes de mais nada, deixe-me esclarecer um ponto. Meu entendimento sobre "escuta", depois de ter participado de vários formações de Agente Educador, é a de que qualquer forma de atenção, toque, ou olhar feito para a criança, é uma maneira de "escutar".

Por outro lado, não posso deixar de comentar sobre um aprendizado que tive durante a realização de um treinamento em "Coaching", onde aprendi sobre a ESCUTA ATIVA e a ESCUTA ORDENADA.

A ESCUTA ATIVA envolve ouvir o outro com atenção e respeito, olhando sempre nos olhos, prestando atenção, sem interromper o seu interlocutor, concentrando-se plenamente naquilo que está sendo manifestado pelo seu interlocutor, compreendendo seu ponto de vista, sem fazer pré-julgamentos, percebendo os sentimentos envolvidos e principalmente qual a necessidade que a criança tem por trás de tudo o que ela conta. Você pode confirmar positivamente com a cabeça que está entendendo o que ela diz, balbuciando um "um-hum" de vez em quando, sem interrompê-la. Isto aumenta a situação de "rapport" entre você e a criança. Aproveite eventuais pausas que a criança fizer para fazer perguntas que clarifiquem algo que esteja confuso para você, educador.

A ESCUTA ORDENADA envolve de certa forma estimular na criança o desejo dela se expressar. O exemplo que dei acima, sobre confirmar positivamente com a cabeça que está entendendo o que a criança está falando, é uma forma de fazer isto. Se a criança parar de falar, você pode usar pequenas frases para estimulá-la, como por exemplo: "e daí?", "conte mais", "que legal, e depois?", etc. Uma vez que a criança tenha terminado de falar, tire as dúvidas de seu entendimento com ela, evitando interpretar as coisas baseando-se em sua percepção, e repita para ela o que você entendeu, para ter certeza de que sua compreensão foi a correta. É preciso entender o que a criança passou e sentiu pelos "olhos" (mapa mental) da criança e não pelo do educador. Aproveite a oportunidade para tentar fazer algum tipo de elogio à criança, em função do que ela passou, caso isto seja possível.

Uma das formas de escuta que me veio à mente e que está sendo usada por muitas escolas é a realização de vídeos, que permitam a interação da criança de alguma forma.

Um tipo de vídeo poderia mostrar alguma brincadeira que a criança pudesse repeti-la em casa, sozinha ou com a família. Outro tipo envolveria mostrar lugares interessante e perguntar à criança o que elas acharam daquele lugar, que tipo de coisas ela faria por lá. Um terceiro tipo de vídeo poderia mostrar algo que o educador tenha ou que goste de fazer, perguntado às crianças se elas têm algo parecido ou sabem fazer algo, quer seja parecido ou até mesmo diferente.

Como educador, você já sabe como fazer a "escuta" das crianças? E qual ação pretende tomar?

E enquanto a pandemia não termina, como pretende fazer esta "escuta"?

Quanto aos pais que estão em casa, já pararam para perguntar aos seus filhos o que eles estão achando? Como estão se sentindo? Como agem para minimizar o impacto do isolamento da pandemia? Estão aproveitando o tempo para melhorar a interação com os filhos, ou estão deixando-os ficar mais tempo com celulares e "tablets" apenas para que eles não incomodem? Estão fazendo alguma atividade JUNTOS, como ginástica, jogar jogos de cartas ou tabuleiro, cozinhando uma receita, lendo livros e revistas, assistindo a desenhos, filmes e documentários educativos ou até fazendo a limpeza da casa? Opções não faltam, e tempo também não.

Desejo um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!

Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante:

sábado, 5 de dezembro de 2020

RECEITA DE ESPAGUETE COM LINGUIÇA, TOMATE SECO E CEBOLA


Ingredientes:
  • 250 gramas de macarrão de sua preferência
  • 3 tomates secos cortados em cubos de 1,5 cm x 1,5 cm
  • 2 gomos de linguiça toscana sem a pele cortados em pequenos pedaços
  • 2 cebolas roxas
  • 1 dente de alho espremido
  • Azeite de oliva
  • Sal a gosto

Preparo:

Descasque as cebolas e corte-as na metade, de cima para baixo. Fatie cada metade em tiras de 0,5 cm, em formato de meia-lua.

Coloque uma panela em fogo baixo, adicionando duas colheres de sopa de azeite de oliva e as cebolas. Frite por cerca de dois minutos, misturando bem e adicione uma concha de água, mantendo o fogo baixo.

Em uma segunda panela em fogo baixo, adicione duas colheres de sopa de azeite de oliva, o alho, o tomate seco e misture. Cozinhe por cerca de dois minutos e adicione a linguiça, desfazendo os pedaços maiores com uma colher. Misture sempre.

Coloque uma caçarola com água em fogo alto, e assim que começar a ferver, coloque sal na água e em seguida o macarrão.

Assim que a água da cebola tiver secado e ela estiver com uma aparência caramelizada, desligue o fogo dela. Aguarde cerca de dois minutos e junte a cebola à panela da linguiça, misturando bem.

Quando o macarrão estiver "al dente", pegue uma concha da água onde o macarrão foi cozido, vire na panela da linguiça e misture.

Use um pegador de macarrão, transferindo-o para a panela da linguiça, misture. Assim que a água do fundo da panela da linguiça ficar com consistência cremosa, apague o fogo. Sirva a seguir.

Tempo de preparo: 15 minutos

Serve: 2 pessoas

Foto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho

Para você que gosta de macarrão, gostaria de recomendar este livro:

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

FRASES MOTIVACIONAIS (DEZEMBRO/2020)


Frases deste mês:
  • Você se torna uma pessoa melhor através dos erros cometidos, apenas se você não os repetir e aprender algo com eles.
  • Todos gostam de sombra, mas poucos plantam árvores.
  • Eu só vou estar na vida de outra pessoa para fazer o bem, para acrescentar, caso contrário, sou perfeitamente dispensável.
  • Cuidado com o que você tolera, pois você está ensinando como as pessoas devem te tratar.
Você pode assistir ao vídeo das frases motivacionais deste mês clicando neste link https://youtu.be/C4HRH7LQo4k

Quero deixar a dica de um excelente livro de motivação:


sábado, 28 de novembro de 2020

LIVRO: QUANDO CHEGA A HORA



Título: Quando chega a hora

Autor: Zíbia Gasparetto

Editora: Vida e Consciência

ISBN: 9788585872618

Minha opinião sobre o livro: Dentro dos livros que romanceiam o espiritismo, é um livro que eu gosto. A trama ocorre em um casarão antigo, habitado pelo espírito de um poderoso homem, seu antigo proprietário. Os herdeiros da família mudam-se para lá e fatos de um longínquo passado voltam à cena. É uma leitura diferente.

Você poderá comprar este livro no link abaixo:

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A GARRAFA DA LUZ



Gosto muito de qualquer tema ligado à ecologia, conservação de energia ou preservação ambiental.

Esta semana me deparei com um projeto do qual eu nunca ouvi falar: LITER OF LIGHT (www.literoflight.org).

Traduzindo ao "pé da letra" significa o litro da luz, e tem tudo a ver com o que eles fazem. Usam garrafas plásticas de água, transformando-as em lâmpadas.

Uma ideia super inteligente, que está provendo iluminação para mais de 353 mil lares em cerca de 15 países. Estes números são os do dia de hoje, quando escrevo este texto.

Existem dois tipos de "kit", sendo um para ser usado durante o dia, e outro, para a noite.

O kit diurno é composto por uma garrafa de plastico, água, um pouco de água sanitária, para impedir o crescimento de algas dentro da garrafa e um pedaço de telha. É feito um pequeno recorte redondo no telhado da casa, para poder passar a garrafa, e tudo isto é instalado. As garrafas refletem a luz que vem de fora por 360 graus. Resumindo, você tem com se fosse uma lâmpada ligada no teto de sua casa enquanto o dia estiver claro, sem gastar um único centavo de eletricidade. Quem teve esta ideia foi um mecânico da cidade de Ubatuba (SP) no ano de 2002, mas ninguém deu muita importância. Anos depois sua ideia foi levada ao conhecimento de outras pessoas, que a espalhou pelo mundo.

O kit noturno já envolve um pequeno painel solar de células fotovoltaicas ligado a um circuito e uma pequena bateria que fornece iluminação por 12 a 16 horas. Isto está sendo usados em postes de iluminação pública e também para o interior de residências. O custo de um kit destes é de aproximadamente US$ 3, e caso a pessoa queira adaptar o lampião usado por ela para uma lâmpada deste tipo, custa cerca de US$ 5.

Você pode fazer doações ou se voluntariar para participar do projeto.

Vale a pena conhecer.

Aproveito a oportunidade para deixar a dica de um livro interessante sobre reciclagem de plásticos:

terça-feira, 10 de novembro de 2020

EDUCADOR : A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR


Durante este texto uso a palavra CRECHE, mas entenda-se qualquer entidade de ensino infantil.

Que fique claro também que não estou me referindo a nenhuma entidade ou pessoa em específico.

Quero apenas deixar minha opinião sobre um tema que está relacionado com educação infantil.

Quando refiro-me à palavra AGENTE EDUCADOR ou PROFISSIONAL DE CRECHE entenda qualquer profissional que atue em educação infantil: professor efetivo, agente educador, estagiário, professor contratado, etc.

Neste ano, por conta da pandemia, tive a oportunidade de passar por formações relativas à Educação Infantil, e uma das coisas que aprendi foi a importância do brincar no processo de aprendizado da criança.

Sou uma pessoa que ao aprender algo, costuma pesquisar mais extensamente sobre o assunto, mesmo não sendo Pedagogia a minha área de formação.

Hoje irei compartilhar algumas coisas que aprendi e a importância que existe no processo do brincar das crianças.

Vou começar com um conceito importantíssimo, defendido pela neurociência, que é o fato de que até a idade de 5 anos, toda criança tem pelo menos 80% de suas conexões neuronais voltadas ao aprendizado não formal, e que as conexões não utilizadas, não aproveitadas, que não retiveram conhecimentos, serão definitivamente descartadas a partir dos 6 anos de idade.

Ao brincar, as crianças realizam aprendizados de todos os tipos, nas coisas mais simples.

O conceito de Território de Aprendizagem prega exatamente isto: aprender brincando, ao interagir em um espaço que a cada dia pode estar configurado de uma forma diferente, para que habilidades e competências diferentes possam ser adquiridas.

Vale ressaltar que não é simplesmente o brincar, mas brincar com qualidade, com disponibilidade de tempo e espaço.

Ao brincar, a criança cria as regras daquilo que ela mesmo aprende, assume papéis variados, entende o mundo através de suas experiências.

Ao fazer as escolhas por conta própria, a criança se realiza e reconhece em si a sua individualidade.

Assistindo a um dos vídeos do projeto Green Renaissance, deparei-me com a interessante frase: "a criatividade existe para nos ajudar a explorar quem nós somos, colocando-nos em contato com o que acontece conosco, para que possamos viver mais profundamente".

Falando um pouco sobre a importância dos materiais não estruturados...

Eu estava lendo um prospecto que achei bem interessante da Lyons Early Childhood School, uma escola de educação infantil da Austrália, e encontrei uma referência à Teoria das Partes Soltas (Theory of Loose Parts).

Em 1972, o arquiteto Simon Nicholson desenvolveu a Teoria das Partes Soltas onde diz que peças soltas podem ser movidas de lugar, tendo suas funcionalidades reinventadas quase que infinitamente, criando muito mais oportunidades para uma interação criativa do que os materiais e ambientes estáticos.

Imagine este poder de criatividade disponível nas mãos das crianças.

Somado a isto, temos também a Teoria das Cem Linguagens das Crianças, criada por Loris Malaguzzi, o fundador da filosofia educacional Reggio Emilia. Esta abordagem fala sobre a crença de que a criança usa inúmeras formas para expressar seu entendimento, criatividade, descobertas, através não só da fala, mas também através dos principais tipos de modalidades artísticas, movimentos corporais, expressões faciais, etc.

O educador tem boas "ferramentas" em suas mãos para ajudar no desenvolvimento efetivo da criança.

Neste momento temos outro fator importante, que é a interferência do adulto enquanto a criança brinca.

Só interfira se houver algum risco real, caso contrário, deixe-a brincar livremente.

Via de regra, o papel do adulto é apenas de observador, um ouvinte das necessidades manifestadas não só verbalmente, e quando muito, facilitador, provedor de recursos, criador de contextos ou cenários e alguém que garanta que a criança exerça seus direitos de aprendizagem ao brincar.

Mesmo que ele veja que a criança esteja fazendo algo de uma forma menos prática e mais demorada, deve evitar interferir, pois ao repetir o processo várias vezes até dar certo, a criança aprende muitas coisas com a análise do resultado obtido versus a ideia inicial que ela tinha, que inclusive pode mudar depois de algumas tentativas infrutíferas.

Ao interferir, além de contaminar ou cercear a possibilidade do aprendizado, você está impondo paradigmas e barreiras para a criança.

Não quero dizer que a criança deva ficar como um animal selvagem fazendo o que bem entenda, mas o adulto deve ficar mais atento às intervenções que ele próprio faz com as crianças quando elas estão brincando.

Um educador que seja um bom observador, conseguirá notar não só os resultados obtidos pela criança, como o também o processo usado por ela para ter o aprendizado.

Bons questionamentos para se fazer ao se observar uma criança:
  • Alguém está brincando sozinho?
  • Quem está brincando com quem?
  • Existe mistura ou separação de gêneros nas brincadeiras?
  • Qual a faixa etária das crianças com quem esta criança está brincando?
  • O que está fazendo? Do que está brincando?
  • Por quanto tempo esteve brincando disto?
  • Quais tipos de brincadeiras são mais buscadas por esta criança?
Prega-se que a criança é a protagonista do seu cotidiano na escola ou creche, assim como nos seus processos de aprendizagem.

É claro que um adulto pode participar de uma brincadeira, e neste caso, ele consegue assegurar ainda mais que este direito de brincar se concretize.

Nunca é demais lembrar que nesta faixa etária, o tipo de pensamento predominante na criança é o PENSAMENTO DIVERGENTE, enquanto no adulto o predominante é o PENSAMENTO CONVERGENTE. Lógicas totalmente diferentes.

Enquanto brinca, a criança está aprendendo e se desenvolvendo como ser humano.

Que fique claro que esta abordagem do brincar, não se opõe aos conteúdos formais de ensino, mas o que precisa ser revisto é a forma como isto acontece.

Tudo isto que escrevi é reforçado por outros dois textos de minha autoria: O PROJETO SEGNI MOSSI e também O QUE EU GOSTO NA PEDAGOGIA WALDORF.

Finalizo o texto com uma frase que vi em um vídeo há um bom tempo, e que resume tudo o que falei: "A brincadeira é a coisa mais séria que a criança faz". 

Desejo um bom trabalho a todos, e vamos oferecer o melhor para as nossas crianças!

Para você que trabalha em creches, deixo a dica de um livro interessante:

domingo, 8 de novembro de 2020

UMA REFLEXÃO SOBRE A OFENSA



Eu estava pesquisando sobre o Estoicismo, quando me deparei com um dos filósofos que foi um dos seus maiores defensores: Lucius Annaeus Seneca, um filósofo romano.

Na época de Jesus Cristo, ele já falava e escrevia coisas interessantes sobre o comportamento dos sensíveis "mimizentos" de hoje.

"Não exija que as pessoas sejam gentis com você". Só gente burra vai acreditar que vai mudar o comportamento de todas as pessoas de seu círculo de relações para que atendam a seus caprichos.

Aceitar a verdade é melhor do que ficar reclamando por ter sido "ofendido" por alguém que jogou fatos na sua cara, fatos estes que você se recusa a ver.

Qual ofensa existe ao apontar algo que todo mundo está percebendo?

É inegável que você só se sente atingido por algo, quando existe alguma identidade daquilo dentro de você. Resumindo, o que disseram É VERDADE, embora a pessoa não tenha coragem para reconhecer. Não posso deixar de me lembrar de situações deste tipo em condomínios, em relação a péssimos gestores que reclamam de ofensa ou agressão, quando alguém fala alguma verdade que ele merece ouvir.

Aquilo que é mentira é detectado de imediato, e pode ser simplesmente ignorado.

Fato é que quando uma pessoa escuta uma verdade para a qual não estava preparada, o que acontece é que ela sente seu ego sendo atacado, já que a suposta ofensa não condiz com as mentiras que ela inventa sobre ela mesma, quando ela se apresenta para o mundo.

Melhor mesmo seria se ela procurasse e reconhecesse dentro de si mesma os motivos que ela deu para ser ofendida - a culpa é dela. Infelizmente, pessoas arrogantes e narcisistas não conseguem enxergar a verdade sobre si mesmas, e continuamente se sentem ofendidas quando a realidade confronta a farsa ou a ilusão criada por ela mesma.

Que fique claro que calúnia é outra coisa totalmente diferente, além de ser crime. Falar verdades nunca foi crime.

Você tem maturidade para perguntar a si mesmo qual a parcela de culpa que você teve em uma ocorrência em que você se sentiu ofendido?

Consegue ainda se perguntar se o que você ouviu é uma verdade que você não esperava ouvir?

Reflita sobre isto.

Recomendo um livro que trata sobre o narcisismo e arrogância:

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

RECEITA DE MACARRÃO COM ANCHOVAS E AZEITONAS PRETA (Culinária Mediterrânea)


Ingredientes:
  • 250 gramas de macarrão de sua preferência
  • 7 azeitonas pretas gregas do tipo Kalamata sem caroço e cortadas em rodelas
  • 3 filés de anchova em conserva cortados em pequenos pedaços
  • 1 dente de alho picado em pequenos quadrados
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 2 colheres de sopa de salsinha picada
  • Sal a gosto

Preparo:

Prepare em uma panela o azeite, as azeitonas, o alho, mas não acenda o fogo ainda.

Coloque uma caçarola com água em fogo alto, e assim que começar a ferver, coloque sal na água e em seguida o macarrão.

Cerca de quatro minutos após ter colocado o macarrão para cozinhar, coloque a panela das azeitonas em fogo baixo, misturando sempre.

Assim que o macarrão estiver "al dente", desligue o fogo e sem escorrer a água da caçarola, use um pegador de macarrão, transferindo-o para a panela das azeitonas.

Pegue uma concha da água onde o macarrão foi cozido e vire na panela das azeitonas.

Misture tudo muito bem, e assim que a água do fundo ficar com consistência cremosa apague o fogo. Espalhe os pedaços de file de anchova e a salsinha sobre o macarrão e misture novamente. Sirva a seguir.

IMPORTANTE: Esta é uma receita que usa ingredientes com um sabor forte. Caso queira diminuir a intensidade, sugiro que sejam reduzidas as quantidades de filés de anchova e azeitonas.

Uma variação desta receita, que deixa o sabor ainda mais intenso, é pegar uma fatia de 0,5 cm de ricota defumada apimentada, cortá-la em cubos bem pequenos e adicioná-la no mesmo instante em que as azeitonas (mostrada na foto).

Tempo de preparo: 15 minutos

Serve: 2 pessoas

Foto: Wilson Luiz Negrini de Carvalho

Para você que gosta de macarrão, gostaria de recomendar este livro:

domingo, 1 de novembro de 2020

FRASES MOTIVACIONAIS (NOVEMBRO/2020)


Frases deste mês:
  • Alcançar o que se deseja dá trabalho, mas não pare de lutar porque está cansado. Pare apenas quando tiver triunfado!
  • As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam.
  • Quem nos decepciona, nem sempre é uma má pessoa. A decepção pode ser causada por nós mesmos, que esperamos das pessoas algo além do que elas podem dar.
  • Confiança é como papel. Uma vez amassado, jamais volta a ser como antes.
Você pode assistir ao vídeo das frases motivacionais deste mês clicando neste link https://youtu.be/wKlexbdYKTo

Quero deixar a dica de um excelente livro de motivação:

sábado, 31 de outubro de 2020

AGENTE EDUCADOR : DOIS ANOS COMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO



No último dia 28 de outubro completei dois anos como Agente Educador.

Para mim permanece o desafio de me reinventar, em função das mudanças que ocorreram na minha vida, mesmo eu não as querendo.

Em verdade, meu foco está nos meus objetivos finais, e nunca nos degraus que tenho que galgar pelo caminho. Colocar o foco em obstáculos serve apenas para desviar uma energia que poderia estar usando para alcançar minhas metas. Quando penso assim, coisas desagradáveis me afetam bem menos.

Neste último ano, ocupei meu tempo tentando fazer o melhor que posso pelas crianças com as quais trabalho, trazendo conhecimentos inéditos, que espero sejam úteis de alguma forma.

Com o advento da pandemia de COVID-19 em março deste ano, fiquei 2 meses de férias em casa, e voltei a trabalhar em junho.

Sem as crianças na creche, minhas atividades estão voltadas ao aprendizado que me ajude nas interações com as mesmas e também na preparação de materiais que elas possam utilizar quando voltarem às aulas. Adicionalmente minha postura profissional abriu portas para que as gestoras da creche pedissem coisas para mim que normalmente outras pessoas se recusariam a fazer.

Reformei ou colaborei indiretamente na reforma de brinquedos de grande porte usados pelas crianças. Estou preparando um jardim e uma horta suspensos. Não são conhecimentos que um desenvolvedor de software e gestor de área de TI costuma ter, mas para mim não foi problema, pois pesquisei muito e aprendi como fazer as reformas de brinquedos e as técnicas de jardinagem e horticultura.

É interessante, pois é assim que entendo o que é o verdadeiro poder - o de construir coisas e de construir-se. Tem gente que pensa que ocupar um cargo ou uma posição acima dos outros lhe dá poder. Isso só será verdade se a pessoa realmente puder construir algo de efetivo, que beneficie qualquer um. Existe valor naquilo que é feito, observando-se os resultados positivos trazidos.

Para o próximo ano pretendo continuar construindo coisas e me aperfeiçoando cada vez mais. Quero exercitar também o que aprendi sobre maneiras de interagir com as crianças, de modo que elas usufruam melhor do ambiente de recreação delas, o que resulta em uma melhor aprendizagem informal.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

LIVRO: DO REAL AO VIRTUAL



Título: Do real ao virtual

Autor: Juliana Santinelli

Editora: Autografia

ISBN: 978-65-5531-247-8

Minha opinião sobre o livro: É um livro pequeno, com 108 páginas, muito agradável e fácil de ler. A autora fala de um problema que entendo ser gravíssimo, que é a substituição da realidade da vida pela realidade dos aplicativos de jogos, videogames e internet, afetando principalmente crianças. O tema é explorado de forma bem ampla. Recomendo.

Você pode comprar este livro no link abaixo:

sábado, 17 de outubro de 2020

A HISTÓRIA DE UM PEQUENO JARDIM


Hoje vou compartilhar uma experiência que estou tendo neste momento em minha vida, muito simples, mas que estou gostando muito.

Há pouco mais de um mês, a diretora e a orientadora pedagógica da creche onde trabalho comentaram que gostariam de ter um pouco de "verde" no local, já todo o terreno é pavimentado.

Na década de 80 e 90, quando eu tinha uma chácara, eu estava acostumado a plantar laranja, milho, feijão, beterraba e rabanete, mas isso jamais me qualificaria para realizar um projeto paisagístico em uma escola infantil.

Mesmo assim, propus-me a ajudar no processo de instalação de uma pequena área verde.

O escopo do projeto em si tinha algumas "constraints" e demandas:

1-) Não havia um único espaço de terra disponível para plantar qualquer coisa que fosse. Temos 5 vasos de cimento no chão da rampa de acesso da creche.

2-) Obviamente não havia recursos financeiros disponíveis para a implementação de jardim.

3-) As gestoras queriam plantas de portes, formas, cores, texturas e odores diferentes, e ainda uma pequena horta.

4-) Na eventualidade de se fixar vasos na parte externa das janelas das salas de aula, os mesmos deveriam permitir sua remoção de forma simples para a lavagem das mesmas.

Além de poder fazer algo diferente para as crianças, algo que gerasse algum tipo de conhecimento e vivência, acho que o desafio da ausência quase total de recursos financeiros também me atraiu bastante para envolver-me no projeto. Adicionalmente, estaria envolvido em outro tema que me interessa muito que é reciclagem. E assim comecei...

O que eu usaria como vaso?

Embora neste momento de pandemia não tenhamos crianças na escola, a limpeza de todo o ambiente é feita diariamente.

Pedi para que o pessoal da limpeza entregasse para mim os galões de produtos de limpeza quando ficassem vazios, e a equipe gestora pediu ao encarregado da empresa de limpeza para ele conseguir mais galões vazios para a gente. Também recolhi garrafas "pet" variadas do lixo reciclável de meu condomínio, recebendo ainda a ajuda das faxineiras que lá trabalham, guardando galões vazios de produtos de limpeza para mim.

Como não tinha nenhuma experiência no assunto, comecei a estudar o tema, assistindo a muitos vídeos na Internet, aprendendo sobre plantas de sol pleno, meia sombra e de sombra, mistura de solo adequado a cada tipo de planta, como gerar uma muda e outros tipos de cuidados. 

Estudei também sobre eventuais contaminações de solo que podem ocorrer ao se usar vasilhames plásticos que contiveram produtos químicos.

Nossa coordenadora pedagógica providenciou um grande saco de terra vegetal vindo direto de sua chácara.

De minha parte, consegui fazer algumas mudas de plantas que existem no condomínio onde moro, de lugares por onde passo a pé na rua, e também do estacionamento do Paço Municipal. As gestoras trouxeram algumas mudas de plantas de casa.

Como fruto deste aprendizado e baseado nas limitações e requisitos do projeto, optei pelo conceito de " Garden Containment", que é o uso de recipientes diversos para "conter" o jardim e a horta.

Cerca de 15 dias depois já havia mais de 10 vasos, com mudas de plantas variadas em nosso "berçário" de mudas, localizado no tanque de areia que as crianças costumam brincar.


Diariamente eu assistia a novos vídeos, aprendia cada vez mais e trabalhava continuamente no jardim/horta.

Hoje, quando escrevo este texto, já estamos com vários vasos, mais de 14 tipos de plantas ornamentais, algumas já florescendo, e até uma planta aérea já foi "instalada" no tronco de uma árvore.

Na nossa hortinha temos bálsamo, salsinha, cebolinha comum, cebolinha francesa (ciboulette), manjerona, orégano, coentro, alecrim, tomilho-limão, manjericão e hortelã.

Temos ainda dois pés de maracujá que foram plantados por alguém pouco tempo antes, e estou na expectativa de umas sementes de morango germinarem nos próximos dias.

Antes que o mês termine, mais mudas, de plantas diferentes, chegarão.

A título de experimento, preparei alguns vasos diferentes, que chamam a atenção das crianças, mantendo a filosofia da reciclagem. Pedi para outras duas colegas me ajudarem na confecção de novas unidades.



No que depende de mim, ainda teremos pequenas casas para passarinhos (a madeira para construí-las já levei para a creche), comedouros para passarinhos, mensageiros dos ventos, hotel para insetos, uma pequena coleção de suculentas, "kokedamas", vasos sustentados por suportes feitos em macramê e mais plantas aéreas.

Para os 45 dias de existência do projeto, estou razoavelmente satisfeito com o resultado obtido até o momento. Boa vontade e aquilo que John Assaraf, em seus vídeos sobre neurociência, chama de "comprometimento", resolvem problemas, trazem benefícios e bastam para implementar um projeto deste tipo.

Quero fazer mais, com uma conotação um pouco diferente.

Tenho a intenção de fazer vídeos bem curtos, direcionados a outros colegas que são agentes educadores e que quiserem implementar em suas creches ou escolas um projeto parecido, ensinado, a um custo de implementação praticamente "zero", todas as dicas, passo-a-passo, desde o princípio.

O ambiente da escola, com certeza, fica outro.

Deixo a dica de um livro interessante sobre o assunto: